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Cuiabá, 14 de Dezembro de 2024
14 de Dezembro de 2024

25 de Setembro de 2013, 08h:35 - A | A

OPINIÃO / ELEIÇÕES 2014

Que governo desejamos para MT?

O grande gargalo social do estado está na carência de justiça social. O estado está doente, a cura não virá através de Ambulância Terapia ou com recebimento de Médicos Cubanos.

WILSON CARLOS FUÁ



A próxima eleição para escolha do novo governador do estado, já começou. Nomes são indicados e ninguém assume publicamente, mas já começam a aparecer nomes de possíveis candidatos. É importante que apareçam candidatos para governar o estado com visão estratégica e projetando o estado para o futuro e que possa também desenvolver projetos de políticas públicas tornando estado mais justo e que os benefícios alcance a todos os habitantes.

Vejam que nos últimos 10 anos a população do estado cresceu de 2.5 mi para aproximadamente 3.1 mi, ao desenvolver um cálculo estatístico de projeção para o ano 2023, o estado terá uma população 4.6 milhões, pensando nessa projeção é necessário que se planeje o estado para o amanhã e para todos os matogrossenses indistintamente.

O Estado de Mato Grosso arrecadava 3 bi a 10 anos atrás, a previsão de arrecadação em 2013 deverá ultrapassar a casa dos 13 bi, o crescimento seria muito maior se houvessem incentivos para diversificação da atividade produtiva e implantação de parques industriais e voltasse os olhos para o crescimento na oferta de serviços, principalmente no turismo de ocasião.

O governo Dante de Oliveira, corrigiu a deficiência energética, preparando o estado para implantação de grandes parques industriais, mas os dirigentes subseqüentes, optaram pelo agronegócio como carro chefe do desenvolvimento, transformando o estado no 5º maior exportador do país. Hoje é necessário, mais do que nunca, que se desenvolva um planejamento estratégico do estado como um todo, e não fique apenas discutindo a logística de escoamento de produção primária. É necessário repensar um estado para todos os seguimentos da população ao invés de erradicar a pobreza com esmolas, o grande líder eleito para governar o estado terá a obrigação de projetar um estado gerador de emprego e renda, um estado exportador de produtos industrializados.

Hoje se olharmos o estado somente pelo valor dos R$ 65 bilhões do PIB, que está acima dos países como Bolívia, ou mesmo o Paraguai que tem 6 mi de habitante, o PIB é de R$ 54 bi, um desavisado “cientista político de sobrancelhas brancas” diria que o povo vive num estado emergente e bom de se viver, mas se desenvolvermos uma análise em todos municípios, com certeza o relatório conclusivo mostrará que o modelo atual é concentrador de riqueza e na sua forma moderna e mecanizada gera pouco emprego, por isso o estado tem ilhas de prosperidades e grandes bolsões de pobrezas, a maioria dos municípios do estado são carentes de necessidades mínimas e com uma população estacionada na linha da pobreza.

O grande gargalo social do estado está na carência de justiça social. O estado está doente, a cura não virá através de Ambulância Terapia ou com recebimento de Médicos Cubanos. Pelas estradas que passam as carretas carregadas de produtos para exportação gerando alimentos para outros países, passam também, ambulâncias lotadas de pacientes em busca da cura e do alívio para suas dores.

Até hoje a população ainda não entendeu a opção dos dirigentes deste estado, em decidir pela compra hospitais e desativá-los, pois a verdade filosófica, é de que não adianta quebrar o termômetro, pois a febre continuará. Por aqui já passaram pessoas no poder, que tiveram o pensamento inverso da cura, ou seja, adotaram a decisão malvada ao pensar assim: “se acabarmos com todos os hospitais, as pessoas não ficarão doentes, porque os doentes deixarão de gerar a expectativa da cura e ficarão com muito medo da morte”. Curar uma pessoa é difícil para alguns, porque elas geralmente estão mortas socialmente, por isso, nunca entenderão as ações da cura, pois a compaixão e a solidariedade passam longe dos seus pensamentos.

Somos 3.1 mi de matogrossenses esperando por um estado com menos ação de política destinadas para seguimentos e com mais abrangência social para o povo.

Cabe a você, que tem o poder do voto, saber escolher e decidir pelo melhor para você e para o estado.

WILSON CARLOS FUÁ é economista especialista em administração financeira e recursos humanos.

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