Wilson admite que Governo não tem como entregar o VLT até o fim de 2018

RepórterMT

O secretário de Cidades, Wilson Santos diz que a continuidade das obras do VLT se tornou um imbróglio jurídico.

CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO

O secretário de Estado de Cidades (Secid-MT) Wilson Santos, admitiu à imprensa, nesta terça-feira (17), que o Governo do Estado não vai concluir a obra do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) até o fim de 2018, ou seja, até o fim do mandato do governador Pedro Taques (PSDB).

"Exceto o VLT, todas essas obras [16 restantes do pacote da Copa do Mundo] têm previsão para entrega até o final de 2018. O VLT deve ser retomado em 2018, mas não há tempo suficiente para ele ser concluído", afirmou Wilson durante  vistoria às obras de drenagem do viaduto da Avenida Fernando Corrêa, próximo à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

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O secretário declarou que a continuidade da obra se tornou um imbróglio judicial, devido às declarações do ex-governador Silval barbosa (PMDB), que revelou todo esquema de corrupção que envolveu o projeto do modal que deveria ser entregue na Copa de 2014.

“O ex-governador admitiu que recebeu R$ 18 milhões em propina e esta desonestidade contaminou todo o processo. Então nós estamos saindo fora daquele processo”, disse o secretário sobre o acordo com o Consórcio VLT que previa a retomada das obras.

Wilson afirmou que prevê algumas alternativas para que as obras pelo menos ser retomadas até o próximo ano.

“Eu vou apresentar nos próximos dias ao governador Pedro Taques, duas ou três novas alternativas para que ele possa analisar e tomar a decisão sobre a retomada do VLT. Eu tenho certeza de que até ano que vem a obra do VLT será retomada”, declarou Wilson.

O secretário destacou que dentre as 16 obras do pacote da Copa do Mundo, a atual gestão destravou 11 e agora restam cinco, incluindo o VLT, considerada a mais complexa.

Diante dos impasses judiciais e da delação do ex-governador Silval Barbosa, assumindo ter firmado contratos fraudulentos para a execução do modal, Taques decidiu suspender o acordo em agosto deste ano e aguardar novas alternativas para retomada do projeto.

O projeto inicial

A obra do modal que deveria ter sido entregue até a Copa do Mundo 2014, teve início em 2012 e desde 2015 está paralisada. 

Desde o início da gestão, Pedro Taques tenta obter parecer favorável dos Ministérios Públicos Federal e Estadual para firmar o acordo com Consórcio VLT e poder retomar as obras do VLT.

Taques chegou a anunciar que a retomada ocorreia ainda este ano. 

Inicialmente, o prazo estabelecido em acordo entre o Governo Pedro Taques e Consórcio VLT, para a conclusão das obras do modal era de até 24 meses. Em julho deste ano o prazo foi reduzido para 19 meses, após interferência do Ministério Público Federal.

O orçamento inicial para construção do VLT entre Cuiabá e Várzea Grande era de R$ 1,477 bilhão. Até agora, o Governo já desembolsou R$ 1,066 bilhão na obra. 

O traçado do VLT é composto por duas linhas (Aeroporto - CPA e Coxipó – Porto), com total de 22 quilômetros.

A previsão era de que o primeiro trecho a ser entregue seria do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, até bairro do Porto, em Cuiabá, chegando depois ao bairro CPA. 

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