THIAGO ITACARAMBY
O professor e cientista político Alfredo da Mota Menezes acredita que a saída de Eder Moraes, da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), não vai afetar as estruturas do governo. Isso porque a cúpula do PR já se prepara para indicar um substituto para chefiar a pasta. Para o cientista político o governo seria afetado, caso Eder permanecesse.
Menezes disse que a tomada de decisão do governador Silval Barbosa (PMDB) foi pertinente por se tratar de um gestor [Eder] com a imagem bastante desgastada, fruto de uma gestão polêmica. “Se ele [Silval] não tomasse essa medida, nesse momento, a população certamente iria começar a olhar torto para situação”, ponderou.
Em se tratando da base governista, o cientista político definiu como ‘uma base grandona que segue o que quer’, comentou. Ele criticou atuação do Legislativo, que, segundo ele perdeu os seus princípios e não faz oposição. “Temos hoje uma Casa de Leis pouco atuante, deixando ser pautada pelo Executivo”, afirmou.
O novo secretário será o quarto nome a administrar a pasta em apenas 3 anos. A extinta Agecopa comecou presidida por Adilton Sachetti, que foi substituido por Yênes Magalhães, que acabou sendo fritado para dar lugar a Eder Moraes.
INDICAÇÃO
Segundo o secretário-geral do Partido da República, deputado Emanuel Pinheiro (PR), a vaga deixada por Eder será pleiteada pelo partido. A sigla compõe a base aliada governista. De acordo com Pinheiro, o assunto será discutido com os membros da sigla. “A demissão é natural dentro do processo democrático, pois todo secretário é demissível”, disse.