MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Com a Copa do Mundo já ocorrendo e várias obras, que foram apresentadas como preparatórias para o mundial de futebol, inacabadas, o secretário extraordinário da Copa, Maurício Guimarães, admitiu em entrevista ao Programa Conexão Poder (SBT), que foi ao ar neste domingo (15), que um dos maiores erros do governo foi não ter tido noção da complexidade do ‘pacote de obras’ e iniciado muitas intervenções, que não conseguiria concluir até a Copa, ao mesmo tempo. Mais ainda, ele disse que errou ao ter aceitado projetos de baixa qualidade, que resultaram em obras que, recém-entregues, já apresentaram problemas, como a Trincheira Ciríaco Cândia e a Trincheira Santa Isabel.
"Estamos trabalhando para retirar um pouco daquela umidade, e a água sendo levada para o leito. O que foi feito de errado naquela trincheira é que a água não tinha que estar escorrendo sobre a pista. A água vazar pelos ‘ barbacãs’ é normal. Mas foi um erro de execução do projeto. Vamos corrigir esse erro, sim. (...) Verdão está 100% concluída o que vai ser feito na trincheira do Verdão é melhorar o acabamento que não está bom”, frisou.
Quanto aos atrasos, Maurício afirmou que o que mais contribuiu foi a dificuldade em ‘tirar a obras do papel’.
“Perdemos grande parte do tempo com adequações. Por exemplo a “Trincheirona” da Jurumirim, nós tínhamos ‘tirante’, que é aquilo que ancora a trincheira, saindo em campo de futebol, na Trincheira do Santa Rosa saía em estacionamento de prédio. Aí você tinha que parar e mudar todo o projeto para mudar a angulação desse tirante”, relatou.
"Perdemos grande parte do tempo com adequações. A Trincheira do Santa Rosa saía em estacionamento de prédio. Aí você tinha que mudar todo o projeto"
Sobre a complicada execução da Trincheira Santa Rosa, o secretário pontuou que a dificuldade em fazer com que a CAB (concessionária de água e esgoto) removesse as adutoras do local, foi o que mais impactou. As pistas laterais, que dão acesso às ruas e ao comércio da região, foram liberadas na última quarta-feira (11), apenas um dia antes do primeiro jogo da Copa do Mundo em Cuiabá.
Conforme os cálculos do secretário a obra deve ter a parte inferior finalizada até setembro de 2014.
“Foi priorizado dar a mobilidade. Agora, a parte de baixo falta muito pouco. No próximos dois, ou três meses, no máximo, estará 100% concluída”, afirmou.
Ainda sobre as demais obras em execução, Maurício pontuou que, a maior de todas as obras de mobilidade urbana, a trincheira da Jurumirim, que tem quase 2 km de extensão deve ser entregue no mês de agosto de 2014.
Na lista das próximas a serem entregues estão o viaduto da MT-040, que onde está sendo finalizada a parte inferior, o Complexo Viário do Tijucal e a Avenida 8 de Abril, onde ainda está sendo trabalhada a recomposição do leito do córrego Mané Pinto.
Durante a entrevista o secretário da Copa pediu, várias vezes, desculpas à população pelos atrasos das obras, mas garantiu que não se arrepende de ter tentado, e ainda satirizou o fato de Cuiabá - e não Campo Grande - ter sido escolhida para a Copa.
Questionado se ele não teme, como dizem no linguajar cuiabano, “chupar essa manga” ao fim desde ano, quando acaba o mandato do governador Silval Barbosa, Maurício ironizou mais uma ves;
“Espero estar no fim do ano, à sombra e um mangueiral, muito tranquilo e chupando a manga com a consciência de dever cumprido, não só vendo o VLT passar, como usufruindo dele”, sorriu.