Abicalil "mira" Senado e já fala em Lúdio deputado em 2014

ANDRÉA HADDAD

Considerado o principal articulador no Estado da corrente interna petista, Construindo um Novo Brasil (antigo Campo Majoritário), o líder do governo de Dilma Rousseff no Congresso, ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT) acena para a possibilidade de concorrer novamente ao Senado e ter o candidato derrotado a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral, na chapa para deputado estadual em 2014. 

“Não me furtarei a participar do desafio eleitoral, mas não é o momento de desenhar cenários, quem fica pulando de uma eleição para outra, como é o caso de algumas autoridades com mandato no Estado, às vezes esquece de cumprir o seu papel no mandato e fica de palanque em palanque sempre projetando a próxima eleição”, criticou o petista.

Ele considera que o cenário para a próxima eleição só será consolidado em outubro de 2013, mas já adianta que Lúdio teria ganho “musculatura” para se projetar à Assembleia Legislativa (AL).  “Sem dúvida, o Lúdio se constituiu em uma referência não apenas para a sociedade cuiabana, como também no cenário estadual, como eu em outras oportunidades, como quando disputei ao Governo do Estado em 1998”, avalia.

O petista frisa que, antes da definição das candidaturas, o PT vai passar pelo processo de reorganização dos diretórios estaduais e municipais, que é o chamado PED, realizado no final do próximo ano. “O Lúdio terá um papel muito importante neste momento de organização interna”, aponta.

CONGRESSO

Líder de Dilma no Congresso desde fevereiro, quando deixou o posto de assessor especial do Ministério da Educação, Abicalil defende na Câmara Federal e no Senado os projetos de interesse do Governo Federal.

“Esta é uma função baseada na minha experiência de 8 anos no cargo de deputado, em Brasília. Nos últimos dois anos do meu mandato parlamentar, fui vice-líder do Governo Lula. Lidamos no Congresso com aquilo que é de interesse de governo, principalmente projetos de lei que interferem na relação do Executivo com o Congresso e, agora na útima fase, na composição dos interesses dos Estados e bancadas em relação ao Orçamento Geral da União, que é tarefa para os próximos 45 dias”. 

Ele diz ter apenas relação institucional com o senador Pedro Taques (PDT), que lhe tirou a segunda vaga no Senado a que Mato Grosso tem direito, no pleito de 2010, sendo a primeira ocupada pelo candidato mais votado, o ex-governador Blairo Maggi (PR). “É apenas uma relação pessoal com o senador naquilo que é de interesse do governo, é uma relação como qualquer outra que eu tenho com outros senadores e deputados”.