APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A organização criminosa alvo das operações da Polícia Civil deflagradas nesta quarta-feira (31) era composta por, ao menos, quatro membros, sendo que três deles já foram identificados. São eles Bruno Cicaroni Alberici, Mário Teixeira Santos da Silva e Elisandro Nunes Bueno. Cada um exercia uma função específica para a organização funcionar e alguns deles já têm longa ficha criminal
Bruno Cicaroni Alberici exercia a liderança da quadrilha. Ao seu lado, no comando da “orcrim”, estava Mário Teixeira Santos da Silva, que era considerado foragido até esta tarde. Os dois ainda tinham um sócio, chamado de “João Victor” e que ainda não foi identificado pela polícia.
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Já Elisandro Nunes Bueno aparece nas investigações como “mentor intelectual” do esquema, que envolvia a obtenção de medidas judiciais para operacionalizar as fraudes fiscais perpetradas pelos demais alvos, assegurando o proveito econômico em prol da organização criminosa.
Desses três, apenas Bruno não tinha passagens criminais.
Conforme os autos do processo, o advogado Elisandro responde a uma ação penal na 7ª Vara Criminal de Cuiabá por, “mancomunado com mais oito denunciados”, ter inserido declarações falsas em documentos públicos e particulares para registro de empresas de fachada em nomes de laranjas com vistas a sonegar o ICMS por serviços interestadual de transportes. Ou seja, “mesmo modus operandi” das práticas apuradas nas operações que levaram a sua prisão nesta quarta-feira.
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Já Mário Teixeira Santos da Silva é investigado pela prática dos crimes de estelionato e apropriação indébita. Além disso, responde na 6ª Vara Criminal de Cuiabá a oito denúncias por falsidade ideológica. Ele teria inserido informações falsas em pedidos de autorização de trabalho em outros municípios para gerar prova de atividade laboral para remissão de pena para progressão de regime de um terceiro.
“Observe-se que permaneceram em liberdade e mesmo assim, mesmo respondendo a crimes semelhantes (vide antecedentes), em tese, continuaram a cometer ilícitos da mesma natureza, na certeza (não tentativa), de ganhar a vida fácil, causando dano patrimonial, apontado pela investigação, na cifra de mais de R$ 352.011.239,33 (trezentos e cinquenta e dois milhões, onze mil, duzentos e trinta e nove reais e trinta e três centavos), quiçá na certeza não apenas da impunidade, mas também da liberdade”, apontou a juíza Helícia Vitti Lourenço, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).
Além dos três alvos de prisão, as investigações apontaram a colaboração de Edenilton Balbino Costa, Solange da Silva Lima e Edgleyton Barbosa da Silva, que também foram alvo das operações Odisseia e Déjà vu.
As operações
Além da criação de diversas empresas de fachada, na operação Odisseia ficou constatado que o grupo criminoso se valeu de ardil para induzir ao erro o Poder Judiciário, obtendo liminares indevidas, com o escopo de fraudar a fiscalização e lesar os cofres públicos.
Na mesma operação, foi observada a utilização de dados cadastrais de contadores já falecidos, fato que tinha o objetivo de dificultar e responsabilizar o verdadeiro responsável contábil que operava para a organização criminosa.
Já na operação Déjà vu, assim como na operação Odisseia, identificou-se a criação de diversas empresas registradas em nome de laranjas, com a intenção de viabilizar a sonegação de impostos, muito provavelmente mascarando a origem real dos produtos e o produtor rural responsável de fato pela expedição da nota fiscal.
Dentre os bens sequestrados estão residências de luxo nos principais condomínios da capital cuiabana, veículos, embarcações e o bloqueio de contas das pessoas investigadas, com o objetivo de reparar o dano ao erário.
Xô mano 31/01/2024
Parabéns!!!!!! Espero que fiquem presos ao menos uns 10 dias.
1 comentários