DO UOL
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) aprovou hoje um pedido de prisão preventiva e de quebra dos sigilos fiscal e bancário do advogado Nelson Wilians. Ele é investigado por suspeita de envolvimento no esquema de descontos ilegais em aposentadorias.
O que aconteceu
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CPMI vai enviar o pedido de prisão ao ministro do STF André Mendonça, relator do inquérito sobre os descontos na Corte. No início deste mês, a Polícia Federal e a PGR (Procuradoria-Geral da República) também pediram a prisão do advogado, mas Mendonça negou.
Comissão considera que a liberdade de Wilians coloca em risco as investigações. "A manutenção da liberdade de Nelson Wilians compromete a ordem pública, ameaça a instrução criminal, uma vez que há indícios de intimidação de testemunhas e ocultação de bens, e coloca em risco a aplicação da lei penal, considerando o poder econômico e político que detém", diz trecho do requerimento de prisão, de autoria do deputado federal Rogério Correia (PT-MG).
O colegiado também aprovou um pedido de quebra dos sigilos fiscal e bancário do advogado. Os requerimentos aprovados pelo colegiado querem informações sobre as movimentações bancárias de Wilians em dois períodos: entre janeiro de 2019 e dezembro de 2024; e entre setembro de 2020 e setembro de 2025.
Advogado foi alvo de operação da PF que apura fraudes contra beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) indicaram movimentações financeiras suspeitas envolvendo cerca de R$ 4,3 bilhões entre 2019 e 2024. Parte desses valores teria sido repassada a empresários já presos por suspeita de envolvimento no esquema.
Wilians prestou depoimento à CPI na semana passada e negou envolvimento em irregularidades. "Não tenho qualquer participação na chamada fraude do INSS. Nenhuma", declarou.
O UOL procurou o escritório de Nelson Willians, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestação.