JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O acusado de assassinar com dois tiros o ex-secretário de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, foi preso horas depois do crime, na madrugada desta terça-feira (8). O suspeito, que não teve o nome divulgado. Ele era funcionário da fazenda de Marchetti, localizada no distrito de Capoeira, próxima ao município de Barão do Melgaço (120 km de Cuiabá).
Ao RepórterMT, o delegado, Walfrido Nascimento, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), da capital, destacou que o homem teria matado o ex-secretário enquanto dormia com tiros na cabeça e no peito, disparado por uma espingarda calibre 22.
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Após o homicídio, o suspeito jogou a arma em um rio e foi até a casa dele, a poucos metros da ‘sede da fazenda’ para se entregar as autoridades.
O motivo do crime seria passional, de acordo com a polícia, já que Marchetti teria se relacionado com algum familiar do suspeito. Nesse momento, o suspeito está sendo interrogado na Delegacia Municipal de Santo Antônio do Leverger.
Na delegacia, a mulher do suspeito confirmou à polícia que vinha sendo molestada pelo ex-secretário. Por causa disso, acabou revelando a situação ao marido, que revoltado com o suposto abuso praticado por Marchetti acabou o matando.
Polícia Civil
Ex-secretário Vilceu Marchetti foi morto enquanto estava dormindo com dois tiros na cabeça. Assassino se apresentou à polícia.
HISTÓRICO POLÊMICO
No mês de março, Vilceu Marchetti foi condenado, pelo então juiz-federal Julier Sebastião,por atos de improbidade administrativa no processo que ficou conhecido como “escândalo dos maquinários”, em que a Justiça Federal investigava o superfaturamento na aquisição de 705 máquinas em 2009, durante o governo de Blairo Maggi (PR). Recentemente o nome do ex-secretário também foi envolvido nas investigações da Operação Ararath.
Nas investigações Marchetti foi apontado como ‘braço’ do também ex-secretário de governo Eder Moraes em supostas fraudes, que chegaram a movimentar R$ 32,7 milhões. A participação de Marchetti no ‘esquema’ seria na atuação junto a empreiteiras que prestavam serviço junto ao governo.
Um dos indícios da fraude é o ofício da Sinfra, endereçado ao BicBanco, apreendido pela Polícia Federal durante buscas na residência de Eder. O documento cita 27 empresas e os valores que seriam liquidados pelo Estado.
O ex-secretário que entrou na política em 1994, como prefeito de Primavera do Leste, estava fora da vida pública desde 2010, quando deixou o governo do Estado investigado por superfaturamento.
Izaque 08/07/2014
Engraçado que o cara esta \"rebuçado\" partedo corpo e ainda as ultimas palavras foram: \"não pegue na arma\". Hummmmm
salvador jr 08/07/2014
História mal contada, ....perfeita para confirmação do motivo...na cabeça configura crime de mando.
João José 08/07/2014
A pressa em apontar um assassino e levar para o lado do crime passional deixa muitas dúvidas no ar, tipo: qto será que o funcionário recebeu para assumir o homicídio? Quem o contratou? Quem teria interesse na morte? COMO CERTEZA É QUEIMA DE ARQUIVO.
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