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Cuiabá, 27 de Julho de 2024
27 de Julho de 2024

21 de Maio de 2024, 17h:30 - A | A

POLÍCIA / POLICIAL CIVIL É INVESTIGADO

Laudo mostra detalhes da trajetória de disparo que matou idoso no Contorno Leste

O estojo da munição disparado pelo policial foi encontrado cerca de 12 metros de distância do corpo da vítima

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



O laudo da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) mostra em detalhes toda a cena do crime e a trajetória da bala que acabou matando o idoso João Antônio Pinto, de 87 anos. O assassinato ocorreu no dia 23 de fevereiro deste ano, na residência do idoso, localizada no Contorno Leste, em Cuiabá. De acordo com o documento, o disparo foi realizado pelo investigador Jeovanio Vidal Griebel a uma distância de 12 metros.

De acordo com o documento, a cápsula da munição da pistola 9 mm, que pertencia ao policial civil, foi encontrada caída em uma grama, a aproximadamente 12 metros de distância do corpo do idoso, que estava caído próximo do avião dentro do hangar.

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Reprodução

Caso idoso foto onde bala foi encontrada

Caso idoso foto onde bala foi encontrada

Em uma foto que consta do laudo, é possível ver que próximo do corpo do idoso foi encontrada uma munição de pistola, que pertencia a João. Os peritos acreditam que o idoso foi atingido no momento em que estava carregando a arma. Já que a munição foi encontrada a alguns metros de distância do corpo, por conta do impacto do tiro.


Reprodução

Foto do laudo da morte de João Pinto

 

Caso idoso foto de onde o corpo e munição estavam 2

Além disso, foi constatado que a vítima estava de frente para a porta de saída do galpão, mas estava de lado para o policial que efetuou disparo. Uma imagem mostra o possível trajeto da bala.

Reprodução

CASO IDOSO DIREÇÃO DE BALA 3

CASO IDOSO DIREÇÃO DE BALA 3.

Momento da Invasão 

Um vídeo a que o RepórterMT teve acesso mostra o momento em que policiais civis fazem abordagem no hangar do idoso João Antônio Pinto, de 83 anos, que resultou em seu assassinato.

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As imagens mostram os policiais, com arma em punho, entrando no hangar onde o idoso estava, que fica dentro da propriedade dele. Durante o trajeto, o homem que faz a filmagem chega a dizer que o João Antônio tem alguns “pistoleiros” contratados que ficam vigiando a área para que invasores não se aproximem da área.

João vinha recebendo ameaças de grileiros e membros de uma facção. Pouco antes do confronto, o idoso havia se envolvendo em uma discussão com invasores, chegando a ameaçar as pessoas com uma arma de fogo.

Quando os policiais civis foram acionados e chegaram na propriedade, encontraram João Antônio com uma espingarda na mão. Os policiais ordenaram que ele largasse a arma de fogo, mas João teria apontado para os policiais, quando acabou sendo atingido na altura do peito.

O filho do idoso disse em entrevista na época do crime que os policiais agiram de forma bruta, já que seu pai era muito “velhinho” e tinha problemas e audição e visão.

O procedimento instaurado na Corregedoria-Geral imputa a Jeovanio as supostas práticas de homicídio, falsidade ideológica, improbidade administrativa, além de diversas infrações administrativas.

A Corregedoria determinou ainda o afastamento do servidor das atividades operacionais, devendo o policial atuar apenas em atividades estritamente administrativas, além do recolhimento da arma de fogo e a proibição de utilização de viatura, até a completa apuração dos fatos nas esferas administrativa e criminal.

Relembre o caso

O idoso chegava em casa quando flagrou dois homens instalando uma cerca e teve início uma discussão. A área em questão havia sido invadida em fevereiro do ano passado e a família vinha buscando uma decisão judicial para reintegração de posse.

Um dos homens que estava erguendo a cerca, identificado como Elmar Soares Inácio, telefonou para o cunhado, o policial civil Jeovanio Vidal Griebel, e disse que havia sido ameaçado de morte pelo idoso. “Ele ligou para o cunhado e dentro de meia hora o cunhado reuniu três carros e seis agentes policiais da Delegacia de Estelionato e se dirigiram até a propriedade do senhor João Pinto”, explica a advogada.

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Em seguida, os policiais foram em direção ao galpão onde o idoso estava com o caseiro da propriedade. Os policiais chegaram gritando e já com a arma em punho. O caseiro obedeceu, mas João Pinto não ouviu o que eles tinham dito, pois tinha problema de audição.

 

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