Mauro não descarta MT na coalizão de combate ao CV e PCC; "facções se infiltraram em todos os estados"

Mayke Toscano/Secom-MT

Para Mauro, não adianta apenas firmar acordos simbólicos.

FERNANDA ESCOUTO
APARECIDO CARMO

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que ainda não definiu se Mato Grosso irá participar do “Consórcio da Paz”, iniciativa criada após a megaoperação de combate ao crime organizado, na terça-feira (28), no Rio de Janeiro.

Segundo ele, antes de confirmar a adesão ao consórcio, é preciso compreender melhor como o Estado poderá cooperar e se o modelo proposto realmente trará resultados práticos.

“Eu ainda preciso entender bem qual é o âmbito dessa cooperação. A cooperação precisa existir sempre entre os estados, com o Governo Federal, mas tem que ser uma cooperação de verdade”, disse Mauro, ao comentar a proposta anunciada nessa quinta-feira (30), pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), junto a outros chefes de Executivo estaduais.

Para Mauro, não adianta apenas firmar acordos simbólicos. Ele destacou que o combate ao crime organizado exige mudanças estruturais, mas sem desviar o foco para disputas políticas.

“Não quero trazer uma questão ideológica, partidária, muito menos política para esse tema tão importante. Temos que ser práticos e resolutivos. O problema é sério, é grave. Temos que deixar eleição de lado, política de lado e atacar o problema”, ressaltou.

Mauro também reforçou que a criminalidade não é mais um problema localizado, mas uma realidade que se espalhou por todo o Brasil.

“Não adianta ficar olhando para o Rio, que é um caso crítico. As facções se infiltraram em todos os estados brasileiros”, alertou, ressaltando que a cooperação entre governos precisa ser contínua e efetiva, e não apenas pontual.

O governador avaliou também que a segurança pública não vai bem em nenhum Estado e defende que é hora de mudar os marcos legais para dar aos estados instrumentos mais eficazes no enfrentamento às facções.

Veja quais governadores participam do consórcio

-Celina Leão (PP), vice-governadora do Distrito Federal (DF).

-Eduardo Riedel (PP), governador do Mato Grosso do Sul (MS).

-Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina (SC).

-Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais (MG)

-Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás (GO).

-Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo (SP).