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Cuiabá, 06 de Outubro de 2025
06 de Outubro de 2025

06 de Outubro de 2025, 11h:17 - A | A

POLÍCIA / FACADAS NAS COSTAS

Homem que matou mulher na frente da filha de 3 anos vira réu; pode pegar 40 anos de cadeia

Calil Moreira Nunes matou Maquiane de Brito Arruda com diversos golpes de faca de açougueiro

VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT



O juiz Luís Otávio Tonello dos Santos, da Segunda Vara de São Félix do Araguaia, recebeu a denúncia do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), no último sábado (04), e tornou réu Calil Moreira Nunes por feminicídio qualificado contra a ex-companheira, Maquiane de Brito Arruda, de 28 anos. Na mesma decisão, o magistrado manteve a prisão preventiva do feminicida, com o objetivo de manter a ordem pública.

“Assim, considerando a manifestação do Ministério Público e preenchidos os requisitos do art. 41 do CPP e não sendo o caso de rejeição liminar arts. 395 e 396, ambos do CPP – recebo a presente denúncia, em seus termos”, diz trecho da decisão.

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Maquiane foi assassinada no dia 28 de agosto, na casa dela, no bairro Vila Trindade, em Novo Santo Antônio. Ela voltava da igreja acompanhada da mãe e das duas filhas menores de idade, quando o feminicida a atacou com uma faca de açougueiro. Ela foi atingida com vários golpes, principalmente nas costas, e morreu no local.

A mãe dela ainda tentou protegê-la, mas foi empurrada pelo assassino. Uma das crianças que presenciou o assassinto da mãe é uma menina de 3 anos, que também é filha do feminicida. 

Após o crime, o assassino fugiu e passou oito dias foragido até se entregar à polícia.

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De acordo com a denúncia do MP, Calil Moreira agiu “com consciência, vontade e manifesta intenção de matar, por razões da condição de sexo feminino e em contexto de violência doméstica e familiar”.

O Ministério Público ressaltou ainda o fato de que o feminicida descumpriu medidas protetivas que a vítima tinha contra ele.

Maquiane e Calil terminaram um relacionamento marcado por conflitos, em outubro de 2023, e desde então ele passou a perseguir e ameaçar a vítima.

Agora que se tornou réu, o assassino tem um prazo de dez dias para apresentar sua defesa. De acordo com o magistrado, o processo seguirá mesmo que ele não se manifeste.

Além de aceitar a denúncia e manter a prisão de Calil Moreira, o juiz Luís Otávio Tonello, determinou o envio de um ofício à Perícia Oficial e Identificação Técnica para que apresente o laudo pericial realizado na faca que foi utilizada como arma do crime, que, segundo o MP, não foi juntado nos autos do processo.

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