Fugitivos estariam envolvidos em assalto ao BB de Marcelãndia

MAYARA MICHELS

Investigadores e delegados da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), e o Grupo de Operações Aéreas (GOE) intensificaram as buscas pelos criminosos que assaltaram o Banco do Brasil, de Marcelândia, utilizando a tática de "novo cangaço". A polícia investiga a participação dos detentos que fugiram da Penitenciária Central do Estado, antigo Pascoal Ramos, no dia 20 de agosto.

Em, 2012 já foram registrados cinco roubos a bancos na modalidade “novo cangaço”, que utiliza de violência e faz clientes e funcionários de escudo humano. Após a fuga dos 36 detentos do Pascoal Ramos, mais de dez caixas eletrônicos já foram estourados em todo Estado.

A polícia suspeita de que os fugitivos, que são os mais perigosos assaltantes do Estado, possam ter envolvimento nesses crimes, já que os mesmos estavam sem dinheiro e são "especialistas" na  área. No último assalto, em Marcelândia, a polícia quer identificar a quadrilha com mais rapidez, já que um dos integrantes foi baleado durante a fuga. 

O assaltante está internado em um hospital na cidade e já foi identificado. A polícia investiga também se a quadrilha é a mesma, que tem realizado os outros roubos a bancos no interior do Estado.

Segundo o titular do GCCO, Flávio Stringuetta, o assaltante que ficou ferido deve dar,  em breve, mais detalhes dos outros integrantes. “As buscas continuam e não vamos parar. Eles aproveitam de cidade que tem poucos policiais, e que são distantes de pólos, para que, até que o reforço chegue, eles já tenham conseguido fugir”, explicou o delegado.


PASCOAL RAMOS


Criminosos armados com dinamites e fuzis explodiram parte do muro da unidade prisional e liberaram os presos. Com a explosão, uma enorme poeira se formou e dificultou a aproximação dos policiais. Os presos pularam a grade da quadra e fugiram com a quadrilha. Dos 36 fugitivos, apenas 16 foram recapturados.


Nos carros usados pela quadrilha, a polícia encontrou armas e várias munições. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Ronda Tático Ostensiva (Rotam), continuam as buscas.