GUSTAVO CASTRO
KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT
Victor Hugo Oliveira da Silva, de 21 anos, apontado como o piloto da moto usada no assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, afirmou ter recebido R$ 500 do policial militar Raylton Duarte Mourão, autor confesso dos disparos que mataram a vítima.
A informação foi confirmada pelo delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta terça-feira (30). Segundo o delegado, o relato foi feito de forma informal, já que o depoimento formal de Victor ainda será colhido.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
O comparsa do PM foi preso na tarde desta terça-feira, em um posto da PRF, na BR-070, enquanto tentava fugir para Cáceres. Por volta das 19h, ele chegou à DHPP, mas não quis falar com a imprensa.
Leia mais - Cúmplice de PM diz que foi chamado para "uma missão"
De acordo com Bruno Abreu, Victor confessou que pilotava a motocicleta no dia do crime, mas alegou não saber que Raylton cometeria o homicídio. O pagamento de R$ 500 teria ocorrido no dia seguinte.
“Perguntei a ele: ‘foi você?’, e ele respondeu: ‘fui eu que pilotei’. Disse que não sabia que era para matar e que recebeu R$ 500 depois, talvez para calar a boca dele”, relatou o delegado.
O piloto também contou que, após a execução, deixou Raylton a poucas quadras de casa, para que ele seguisse a pé. O delegado reforçou que o crime está praticamente elucidado e descartou qualquer participação dos pais do PM.
O crime
Rozeli, de 33 anos, foi assassinada a tiros na manhã de 11 de setembro, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande. Ela estava dentro de um Renault Sandero, prestes a sair para trabalhar em uma academia da avenida Filinto Müller.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Raylton e Vitor se aproximam da vítima em uma motocicleta preta. O PM, que estava na garupa, disparou quatro vezes contra a personal, que foi atingida no rosto e morreu ainda no local.