THIAGO NOVAES
DO REPÓRTER MT
As investigações da Polícia Civil indicam que pelo menos 21 contadores estavam envolvidos em um esquema milionário de sonegação fiscal, que utilizava a criação de empresas fantasmas para fraudar o fisco. A ação foi desarticulada na manhã desta terça-feira (30), durante a Operação Hortifraude, deflagrada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Mato Grosso (CIRA-MT).
A investigação revelou um sofisticado grupo criminoso atuando no setor de hortifrutigranjeiros, que usava empresas de fachada registradas em nome de “laranjas” para emitir notas fiscais frias e simular operações comerciais, burlando o pagamento de tributos, especialmente o ICMS. O prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 45 milhões.
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Conforme o delegado João Paulo Firpo, responsável pela investigação, o principal alvo da operação, que reside em São Paulo, coordenava o esquema milionário que envolvia mais de 20 contadores e escritórios de contabilidade que participavam ativamente do esquema.
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“O alvo principal é supostamente empresário. Ele coordenava os contadores nessas aberturas e fechamentos de empresa e nas alterações contratuais. Essas alterações contratuais geravam uma confusão tributária porque além de não pagar ainda havia a mudança de sócios o tempo todo para dificultar o rastreamento pelas equipes. Ele fechava uma empresa hoje e abria outra no mesmo dia. A Sefaz suspendeu vários registros antes da Operação de hoje. Foram identificados 21 contadores, mas a investigação vai continuar e acredito que virá muito mais coisa e essa é só a ponta do iceberg.”, disse.
Ao todo, foram cumpridas 148 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão, suspensão de registros profissionais, bloqueio de atividades econômicas e afastamento de sigilo de dados telemáticos. As ações ocorreram em Cuiabá, Várzea Grande e também em São Paulo (SP), com apoio das polícias civis de Mato Grosso e São Paulo.
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