DO REPÓRTERMT
As investigações da Polícia Civil de Mato Grosso revelaram que parte dos bandidos responsáveis pelo assalto ao Sicredi em Brasnorte (a 580 km de Cuiabá), em julho deste ano, mantinha vínculo direto com a instituição: eles eram clientes do próprio banco.
Segundo a apuração conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), os criminosos planejavam utilizar os R$ 500 mil roubados para quitar dívidas pessoais. Alguns estariam, inclusive, comprometidos financeiramente com agiotas.
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A investigação foi concluída no último dia 14 e resultou no indiciamento de 11 pessoas pelos crimes de roubo majorado, sequestro e cárcere privado, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e associação criminosa. Entre os envolvidos estão empresários da região. Dois policiais militares também foram identificados, mas o caso deles foi encaminhado à Corregedoria da PM.
O crime
O assalto ocorreu no fim de julho, quando quatro homens armados com fuzis invadiram a agência, renderam funcionários e clientes e levaram dinheiro do cofre e dos caixas eletrônicos. Na fuga, o grupo levou dois reféns, libertados cerca de 10 km depois, às margens da MT-170.
As investigações mostraram que a caminhonete usada na fuga havia sido roubada dias antes, em Cuiabá, de um idoso de 81 anos. Câmeras de segurança ajudaram a rastrear um segundo veículo, que seguiu em direção a Rondônia.
Prisões
Seis suspeitos foram capturados em flagrante na cidade de Vilhena (RO). Outros integrantes do grupo foram presos posteriormente em Brasnorte.
No total, mais de 100 agentes participaram da operação, entre policiais civis e militares, com apoio do Bope, Core, Força Tática, Ciopaer e equipes locais de segurança.
Indiciados
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Valdemar do Nascimento Alves
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Fabrício da Silva Lima
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Osvaldo Pereira de Souza
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Eduardo José Lopes de Moraes
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Edson da Silva Moura
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Rodrigo da Silva Lucena
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Cristhian Ribeiro Galvão
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Lucas Vinicius de Amorim da Silva
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Luiz Carlos da Silva Júnior
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Rubens Fernando Marcello
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Um 11º investigado, identificado apenas pelas iniciais A.M.S., foi indiciado apenas por porte ilegal de arma de fogo.
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Os policiais militares Anderson de Amaral Rodrigues e Alan Carvalho da Silva, que foram presos envolvidos no roubo, não foram indiciados. Eles, contudo, devem responder por crimes de corrupção passiva e prevaricação, correlacionados à prática dos crimes de roubo majorado à agência bancária. Corregedoria da PMMT afirmou que abriu procedimento investigativo para apurar o caso.