RAFAEL DE SOUSA
CAROL SANFORD
Em reunião com o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), na manhã desta sexta-feira (6), o presidente da Câmara de Cuiabá, Justino Malheiros (PV), pressionou pelo repasse de R$ 6,7 milhões, previsto em suplementação, barrada pela Justiça e ameaçou demitir 460 servidores, ainda nesta sexta, caso não seja editado um novo decreto orçamentário ao Legislativo. A decisão de Malheiros é apoiada pelos outros 24 vereadores.
“Inevitavelmente teremos que demitir 460 servidores. A gente está com essa dificuldade e é um processo que já vinha sendo tratado desde o mês de maio”, disse Justino Malheiros.
A medida foi comunicada a Emanuel, após uma sessão extraordinária para tratar sobre o assunto.
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Em setembro, o decreto que autorizava o repasse foi suspenso pela Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular, por suspeita de irregularidades.
“Inevitavelmente teremos que demitir 460 servidores. A gente está com essa dificuldade e é um processo que já vinha sendo tratado desde o mês de maio”, disse Justino Malheiros.
Malheiros afirmou que a transação milionária nada tem haver com a não abertura da CPI, para investigar um vídeo em que Emanuel, à época que era deputado estadual, aparece enchendo o bolso do paletó de dinheiro dentro da sede do Governo do Estado.
“Eu entendo a posição da Câmara neste momento de crise. Tendo respaldo técnico e legal e depois de conversar com o Ministério Público, Tribunal de Contas e com a Justiça estou pronto para poder ajudar”, destacou o prefeito.
“A suplementação veio, mas foi cancelada juridicamente. E a única saída que a casa tem hoje para equilibrar as contas. Não tem nada de obscuro nesta tratativa porque é legal, é de direito e constitucional e a Câmara não está pedindo nada a mais”, argumentou o presidente da Câmara.
Sobre o projeto que seria votado pelos vereadores em sessão extraordinária desta sexta-feira o prefeito disse desconhecer.
“Eu não mandei projeto nenhum e também não tenho projeto para mandar. Tem uma discussão apenas e eu não vou fazer nada sem tem a certeza sem estar articulado”.
Além disso, Emanuel Pinheiro afirmou que só irá realizar a suplementação após ter o aval da Justiça e dos órgãos fiscalizadores.
“Eu entendo a posição da Câmara neste momento de crise. Tendo respaldo técnico e legal e depois de conversar com o Ministério Público, Tribunal de Contas e com a Justiça estou pronto para poder ajudar”, destacou o peemedebista.
Decreto suspenso
A suplementação foi autorizada pelo prefeito Emanuel Pinheiro, no Diário Oficial de Contas do dia 1º de setembro. No dia anterior, os vereadores arquivaram o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra Emanuel, flagrado recebendo R$ 50 mil em espécie. Em delação o ex-governador disse que o montante era pago para garantir apoio à sua gestão.
Após manifestações contrárias da sociedade, a suplementação foi suspensa pelo juiz Luís Aparecido Bortolussi Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Popular, no dia 7 de setembro, sob o argumento de que o aumento no repasse deveria ocorrer por meio de lei e não de decreto, afirmando ainda não existir justificativa no documento que autorizou o repasse.
O Tribunal de Contas do Estado também determinou o bloqueio da suplementação sob os mesmos argumentos.
Julio cesar 06/10/2017
Olha cara desse que se diz vereador. Pois que mande embora são todos cabo eleitoral de vcs vai trabalhar que vcs ganham mais larga da teta se não estão satisfeitos renunciem a cadeira de vcs cambada
Carlos Nunes 06/10/2017
Outro dia um site da Capital fez a matéria: Saúde Pública em Cuiabá precisa de R$ 8 Milhões de reais. Faltam R$ 8 Milhões pra Saúde...então pega os R$ 6,7 Milhões que a Prefeitura ia repassar pra Câmara, e repassa tudo pra Saúde...aí, ficam faltando só R$ 1,3 Milhões. Saúde é muito mais importante. Salva vidas de crianças, idosos, etc...
alexandre 06/10/2017
que bom, imagina menos 460 cabos eleitoriais...
3 comentários