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Cuiabá, 03 de Julho de 2025
03 de Julho de 2025

09 de Março de 2018, 13h:03 - A | A

PODERES / CPI DO PALETÓ

Vereadores encerram investigação sem ouvir Emanuel Pinheiro

A CPI segue para a fase de elaboração do relatório final, mesmo com 71 dias para o fim do prazo dos trabalhos da comissão.

DA REDAÇÃO



Com apenas o voto contrário do vereador Marcelo Bussiki (PSB), os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), aprovaram o requerimento do presidente da Câmara de Vereadores, Justino Malheiros, para pôr fim à fase de oitivas da CPI do Paletó.

“Trazer o prefeito para que ele viesse confrontar quando um diz um fato a qual eu não concordo e eu digo que não tem prova que me comprove, então, por questões técnicas, a defesa orientou que o prefeito não viesse à CPI. Já estou adiantando a CPI”, disse o advogado de Emanuel Pinheiro.

A decisão ocorreu na manhã desta sexta-feira (9). Com isso, a CPI segue para a fase de elaboração do relatório final, mesmo com 71 dias para o fim do prazo dos trabalhos da comissão -  e sem ouvir o prefeito Emanuel Pinheiro e seu irmão, Marco Polo Pinheiro, citado pelo próprio prefeito para justificar os maços de dinheiro que ele aparece colocando no paletó.

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As imagens fazem parte do conjunto de provas entregue no acordo de delação premiada do ex-chefe de gabinete Sílvio Corrêa, firmado com a Procuradoria Geral da República.

A manobra articulada por Justino contou com o apoio dos vereadores Mario Nadaf (PV) e Adevair Cabral (PSDB), relator da CPI, que tentaram colocar o pedido de Justino para ser votado com prioridade. Com a negativa do presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki,  ambos indeferiram todos os requerimentos feitos pelos vereadores para novas oitivas e nova produção de provas.

Ao todo, foram analisados 11 requerimentos, sendo deferido apenas o de Justino e o convite para a oitiva do prefeito Emanuel Pinheiro, mesmo após o advogado André Stumpf, da defesa do prefeito, anunciar que Emanuel não compareceria por orientação jurídica.

“Trazer o prefeito para que ele viesse confrontar quando um diz um fato a qual eu não concordo e eu digo que não tem  prova  que me comprove, então, por questões técnicas, a defesa orientou que o prefeito não viesse à CPI. Já estou adiantando a  CPI”, disse o advogado. 

Dentre os requerimentos negados estavam os pedidos para oitiva do ex-deputado José Riva, de Marco Polo Pinheiro, de Cleberson "Coxinha", além dos pedidos para quebra de sigilo bancário de Popó e telefônico de Valdecir Cardoso.

“O que ocorreu aqui é vergonhoso. Criaram obstáculos para a CPI a todo o momento. Todos viram as contradições e dúvidas levantadas na CPI e que ainda precisam de esclarecimentos. É mais um dia triste da Câmara de Cuiabá, que se omitiu e abriu mão de investigar o prefeito. É uma vergonha para a população”, afirmou Marcelo Bussiki.

Para o vereador Marcelo Bussiki, único a votar em favor de todos os requerimentos, o encerramento das oitivas foi uma clara manobra dos dois membros da CPI, com colaboração do presidente da Câmara, para não investigar o prefeito.  Adevair, Nadaf e Justino são aliados do prefeito Emanuel Pinheiro.

“O que ocorreu aqui é vergonhoso. Criaram obstáculos para a CPI a todo o momento. Todos viram as contradições e dúvidas levantadas na CPI e que ainda precisam de esclarecimentos. É mais um dia triste da Câmara de Cuiabá, que se omitiu e abriu mão de investigar o prefeito. É uma vergonha para a população”, afirmou.

Bussiki disse ainda que o que ocorreu não passa de uma “operação abafa” e requereu que o relator Adevair Cabral apresente um cronograma com a data de produção do relatório final, período para análise dos membros e votação em plenária.

“Eu quero ver até o relatório do vereador Adevair Cabral. Estou bem curioso, porque não acredito que, com tudo que aconteceu aqui,  ele se deu por satisfeito quanto a novas oitivas e produção de provas. Quero esse cronograma, porque, como andam as coisas, ele apresenta o relatório na semana que vem e já votam, sem sequer analisarmos”.

Além disso, Bussiki afirmou que vai produzir um relatório paralelo e avaliar as medidas a serem tomadas, uma vez que ele já acionou a Justiça para obtenção de um mandado de segurança que o autorize a ter direito sobre as decisões da CPI.

“Acredito que essa mandado vai restabelecer o pleno e correto trabalho dessa CPI, pois desse jeito que as coisas aconteceram aqui é até uma vergonha falar que a Câmara é a Casa do Povo. A população não quer mais essa vergonha”, encerrou.

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Zeca 09/03/2018

Eles nao sabe o toco que elrs estao cocando dr Selma de arruda ta so de olho ela gosta desses metidos a sabe tudo.

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1 comentários