RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
Empresários do agronegócio são os principais doadores da campanha de reeleição de Pedro Taques (PSDB), ao Governo do Estado. Em declaração inicial ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), o tucano registrou ter recebido R$ 676 mil, sendo que R$ 176 mil foram doados por pessoas ligadas ao segmento.
O maior doador da campanha de Taques foi a direção nacional do PSDB que transferiu R$ 500 mil, o que representa 74% do valor arrecado pelo candidato. O segundo maior investidor da campanha foi o ex-presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Carlos Ernesto Augustin. Ele transferiu R$ 100 mil.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Augustin é sócio de empresas do ramo produção de sementes, comércio atacadista de soja e algodão, além de comércio varejista de combustível para veículos automotores.
Outro doador foi Valdir Roque Jacobowski, com R$ 25 mil. Ele é proprietário de armazéns de grãos, depósitos de mercadorias, além de estar ligado ao ramo de preparação e fiação de fibras de algodão e fabricação de milho e derivados.
Aparecem na lista de doadores Gutemberg Carvalho Silveira e Celso Griesang, ambos com R$ 10 mil.
Gutemberg é sócio ou proprietário de associações voltadas ao agronegócio como Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso, Associação Vermelho e Branco (Avb)e Fundo Mato-Grossense de Apoio a Cultura da Semente.
Já Celso Griesang trabalha no ramo de atividades de pós-colheita e no Comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários novos. Além disso, e sócio ou dono da Cooperativa de Cotonicultores de Mato Grosso (Coopercotton) e da Fundação de Apoio a Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso.
Ainda constam na lista outros doadores como Marcio Rogerio Silva Vieira (R$ 9 mil); Humberto de Souza Prado (R$ 9 mil); Murilo Cesar de Oliveira (R$ 5 mil); Jalles A. Silva (R$ 2 mil); Dumas H. Foster (R$ 2 mil); Marcos Vitorio S. Taveira (R$ 1 mil); Luciano de Almeida (R$ 1 mil); Glauber Silveira Da Silva (R$ 1 mil); Eliane P Ribeiro (R$ 1 mil).
Representantes do agronegócio
Nesta eleição, assim como na de 2014, Pedro Taques tem como vice um representante do agronegócio. Em 2014, quem esteve ao seu lado o ex-presidente da Aprosoja-MT, Carlos Fávaro (PSD). Naquele ano, um dos maiores doadores de sua campanha também representavam o agronegócio. Erai Maggi, o 'rei da soja', foi o maior doador da campanha. Ele transferiu mais de R$ 10 milhões.
Neste ano, em que concorre à reeleição, Taques escolheu outro representante do setor, o ex-presidente da Famato, Rui Prado para ser seu vice.
Mendes e Fagundes
Os outros candidatos ao Governo, Mauro Mendes (DEM) e Wellington Fagundes (PR), até o momento, não registraram doadores ligados a uma determinada área. Em sua declaração à Justiça, Mendes conseguiu mais que Taques e Wellington.
O democrata conseguiu R$ 1,3 milhão de receita, sendo R$ 1 milhão de seu partido e R$ 300 mil de seu vice Otaviano Pivetta (PDT). Já o Wellington parece com R$ 515 mil de doações, 97% do valor foi transferido pelo partido e o restante ele mesmo doou para sua campanha.
Arthur Nogueira (Rede) e Moisés Franz (Psol) ainda não prestaram contas à Justiça Eleitoral.
Nesta eleição, os candidatos ao Palácio Paiaguás não poderão gastar mais de R$ 5,6 milhões no primeiro turno. As doações devem ser feitas somente por pessoas físicas.
Leia mais
Campanha de Taques contrata empresa investigada por fraudes de R$ 13 milhões
Wellington gasta 25% do limite e Taques 10%; Mendes não declara
Escolha de Prado foi acordo entre o PSDB e lideranças do agronegócio