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Cuiabá, 01 de Setembro de 2025
01 de Setembro de 2025

01 de Setembro de 2025, 18h:33 - A | A

PODERES / ALVO DE OPERAÇÃO

Afastado por esquema de propina, Chico consegue autorização para voltar à Câmara de Cuiabá

O parlamentar estava afastado há quatro meses do cargo desde que foi alvo da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil em abril.

KARINE ARRUDA
DO REPORTÉR MT



O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), por meio da Quarta Câmara Criminal, autorizou, nesta segunda-feira (1º), por dois votos a um, o retorno do vereador Chico 2000 (PL) à Câmara de Cuiabá. O parlamentar estava afastado há quatro meses do cargo desde que foi alvo da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil em abril, acusado de envolvimento em um esquema de propina.

Em contato com o advogado Alaertt Rodrigues, que representa a defesa do vereador, o foi informado de que a determinação de retorno de Chico 2000 ao cargo é uma extensão da decisão que autorizou a volta do vereador Sargento Joelson (PSB), também afastado por suposto recebimento de propina. Ambos os parlamentares foram alvos da mesma operação e afastados no mesmo período.

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Contudo, Sargento Joelson foi liberado para retomar as atividades dias atrás, motivo que levou a defesa de Chico 2000 a pedir o retorno do vereador. Com o retorno de Chico até esta terça-feira (2), o suplente de vereador Fellipe Correa (PL) deixa a vaga.

Afastamento

Os parlamentares foram alvos da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil em abril deste ano, que reuniu investigações apontando que ambos haviam supostamente recebido propina para aprovar um projeto de lei que beneficiaria a empresa HB20 Construções Eireli, responsável pelas obras do Contorno Leste.

Eles foram acusados de pedir propina a um então funcionário da empresa. No pedido, os parlamentares teriam dito que os valores seriam uma condição para articular na Câmara Municipal a aprovação do projeto que possibilitaria o recebimento de R$ 4.849.652,46, pagos pela Prefeitura de Cuiabá à HB20 Construções.

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Na época, Chico 2000 atuava como presidente da Mesa Diretora da Casa e tinha poder de influência sobre os demais vereadores, além de determinar o que era ou não votado em plenário. De acordo com as investigações, a propina teria sido paga ao Sargento Joelson, que recebeu R$ 250 mil, sendo R$150 mil via Pix e R$100 mil em espécie.

Com as investigações, a juíza Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), determinou o afastamento dos vereadores.

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