Buzetti: Mato Grosso é um estado machista e precisa mudar a educação para barrar os feminicídios

Jefferson Rudy/Agência Senado

A senadora Margareth Buzetti é a autora do Pacote Antifeminicídio, que prevê até 40 anos de prisão para assassinos de mulheres.

KARINE ARRUDA
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT

A senadora Margareth Buzetti (PSD) afirmou que o Brasil está perdendo a guerra para o feminicídio a contar, especialmente, por Mato Grosso, que lidera pelo segundo ano consecutivo o ranking do estado que mais mata mulheres no país. Segundo a parlamentar, Mato Grosso é um estado machista que precisa mudar a educação para tentar barrar esse índice assustador.

“Nós só vamos impedir [esses acontecimentos] quando mudarmos a consciência masculina. [...] É preciso uma mudança cultural, trabalhar na educação, com as crianças desde quando nascem. É preciso que os filhos meninos aprendam a respeitar as meninas”, pontuou a senadora.

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Buzetti reforçou a necessidade de conversar sobre direitos e igualdades com as crianças para que não cresçam presas em ideais hierárquicos que não existem, como por exemplo o de que as mulheres devem obedecer e estar abaixo dos homens.

“Eu tenho certeza que isso começa pela educação e pela família. Nós temos que falar desse tema nas escolas. Nós precisamos falar”, reiterou.

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A senadora também comentou sobre os casos recentes de feminicídio que foram registrados no Estado e sobre a importância da aprovação do Pacote Antifeminicídio, lei que é de sua autoria e foi sancionada em outubro de 2024, quando passou a prever uma pena de até 40 anos de cadeia para os assassinos de mulheres no Brasil.

Contudo, mesmo com o feito, Buzetti ainda acredita que a melhor forma de acabar com o feminicídio no país seria se a legislação brasileira permitisse prisão perpétua. Para ela, o criminoso respeitaria mais a lei se soubesse que não sairá da cadeia caso cometa um crime como esse.

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“A ideia da pena maior é o que restou fazer no momento. Agora, se você falasse, por exemplo, em uma prisão perpétua. Ele [assassino] sabe o que é uma prisão perpétua. Eu defendo, mas não adianta defender se ela é inconstitucional, é uma cláusula pétrea da Constituição”, finalizou.

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