ALCIONE DOS ANJOS
DA REPORTAGEM
Em depoimento na tarde desta sexta-feira (17), o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima nega que tenha montado um esquema de desvio de dinheiro na Câmara.
João Emanuel depõe perante a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal da Capital. Este processo é um dos que decorreram da Operação Aprendiz, deflagrada em 2013, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
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A ação trata sobre a lavagem de dinheiro que teria sido feita a partir do desvio de R$ 1,54 milhões da Câmara de Vereadores de Cuiabá, por meio da empresa de fachada Propel.
João Emanuel nega o esquema de lavagem de dinheiro. Disse não ter conhecimento que suas contas eram pagas com cheques da Propel.

Ele atribuí o valor de R$140 mil a um empréstimo feito de Júlio Cesar Americano, já falecido, (que por sua vez recebeu o pagamento por ser afastado da Policia Militar e depois conseguiu, na Justiça, uma indenização), para pagamento de dívidas e pediu para o funcionário dele, Guedey Araújo, que ele chama de Castelo, realizar os pagamentos por estar ocupado e não conseguir fazer ele mesmo.
Usou R$ 50 mil de sinal na compra de um Porshe e financiou o restante, R$ 270 mil, no banco Santander.
Pediu para Castelo pagar R$ 25 mil em um pacote de viagem e R$10 mil e R$ 65 mil para pagar uma caminhonete SW4 branca, usada, e hoje deve R$ 95 mil para Luciano e Lucas, pai e filho. Disse já ter vendido o carro para uma garagem de venda de veículos.
“Acho que fez isso porque tem um "senão" com ele, porque uma vez ele brincou com Maksuês dizendo que era para o Maksuês “baixar a bola porque ele (Maksuês) como deputado federal tinha conseguido seis mil votos, e ele (João Emanuel) como vereador tinha conseguido o mesmo número de votos”.
O Ministério Público questiona que o Porshe e a viagem internacional com a família, para Orlando (EUA) em 2013, foram pagas com cheques da Propel. João Emanuel alega que não sabe dizer, pois o empréstimo foi feito com dinheiro e depois ficou sabendo que tinha usado cheques para o pagamento.
Maksuês
João Emanuel diz que ele e o ex-deputado Maksuês Leite nunca se encontraram, muito menos sozinhos.
“Acho que fez isso porque tem um "senão" com ele, porque uma vez ele brincou com Maksuês dizendo que era para o Maksuês 'baixar a bola', porque ele (Maksuês) como deputado federal tinha conseguido seis mil votos e ele (João Emanuel), como vereador, tinha conseguido o mesmo número de votos”.
João Emanuel diz que nunca precisou pegar dinheiro de coisa errada, porque advogado que não conseguir fazer R$ 15 a R$ 20 mil por mês tem que vender tapioca.
Na época da Presidência da Câmara, ele estava satisfeito com os proventos R$ 50 mil mais e R$ 17 mil.
João Emanuel insinua que tudo não passa de uma armação para prejudicá-lo. Disse que tinha certeza que antes de ser preso não havia ninguém para disputar com ele a prefeitura de Cuiabá, mas agora não dá mais, porque ele está fora da vida pública.
O ex-vereador finalizou seu depoimento dizendo que a vida dele está totalmente destruída, está preso, o filho de três anos está tendo que fazer terapia. “Ninguém em sã consciência se arriscaria a fazer coisa errada e colocar tudo em nome próprio pra depois facilitar o trabalho da acusação” disse ele.
Disse ainda que depois de tudo que passou, ele sabe que poder não traz felicidade, muito menos dinheiro. O que deixa uma pessoa feliz é a caridade e o amor
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Advogado 17/03/2017
Ridículo comentário do João Emanoel. Ele tá preso e ainda não aprendeu a respeitar as pessoas. Dizer que advogado que não ganha 15 a 20 mil por mês tem que vender tapioca é pracabá. Sou advogado com orgulho, nunca ganhei esse valor médio mensal, assim como a maioria dos advogados e não tenho do que me envergonhar. OAB, tribunal de ética nele!
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