ALCIONE DOS ANJOS
DA REPORTAGEM
O ex-deputado estadual Maksuês Leite prestou depoimento, na tarde desta quarta-feira (15), à juíza Selma Rosane de Arruda, na Sétima Vara Criminal, onde relatou como ele e o ex-presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel deram início ao esquema de fraudes em licitações.
Ele disse que o esquema de desvio da Câmara foi firmado entre eles, em cinco minutos, na esquina da clínica Femina, em Cuiabá.
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João Emanuel teria ligado para ele, Maksuês, quando a enteada estava sendo tratada na clínica.
As investigações da Operação Aprendiz, deflagarada em 2013, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), apontam que a lavagem de dinheiro teria sido feita a partir do desvio de R$ 1,54 milhão Câmara de Vereadores de Cuiabá, quando a casa era presidida por João Emanuel.
Segundo ele, o esquema já tinha sido acertado com Júlio Pinheiro - ex-presidente da Câmara, falecido em 2016 - anteriormente, mas nunca tinha sido concretizado.
Em janeiro de 2013, quando Emanuel assumiu a presidência da Câmara, eles firmaram o acordo, nos mesmos moldes que era feito na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, com o então presidente José Riva sogro na época de João Emanuel.
No acordo, 75% do dinheiro iria para a presidência da Câmara e 25% para gráfica Probel, uma empresa de fachada de propriedade de Maksuês Leite.
Neste processo, pelo crime de desvio, já foram condenados, em ação separada, o ex-presidente do Legislativo municipal João Emanuel Moreira Lima e Gleisy Ferreira de Souza, da Propel Comércio de Materiais Ltda, além do próprio Maksuês Leite, por também participar das fraudes em compras de materiais gráficos pela Câmara.