DA REDAÇÃO
O ex-chefe de gabinete Silvio Corrêa pode implodir a delação dele e a do ex-governador Silval Barbosa. A infromação é da Folha de São Paulo. Segundo o jornal paulisra, o delator que gravou políticos de Mato Grosso recebendo maços de dinheiro vivo, foi gravado em áudio, que pode acabar anulando a sua e a delação "monstruosa" do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e de seus familiares.
A gravação contém 1 hora e 24 minutos de conversa onde Sílvio Corrêa cita indícios de omissão de informações sobre práticas de crimes no processo de negociação do acordo com o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Na semana anterior, o mesmo Janot viu seu acordo com os irmãos donos da JBS ruir pelo mesmo motivo.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
O áudio com as conversas suspeitas foi feito em 28 de agosto, pelo ex-secretário de Indústria e Comércio do Estado, no governo de Silval Barbosa, Alan Zanatta. Sílvio Corrêa está em prisão domiciliar desde a homologação da delação pelo ministro do STF Luiz Fux. Segundo a reportagem ele teria insistido para conversar com ex-secretário que, temendo o delator, decidiu gravar a conversa. O áudio foi apreendido na casa do prefeito Emanuel Pinheiro durante a 12ª Fase da Operação Ararath, denominada Malebolge.
Na gravação, Silvio Corrêa diz que o valor que teria de devolver aos cofres públicos, cerca de R$ 500 mil, seria pago por Silval Barbosa. Na delação não consta dessa forma. No mesmo áudio, Sílvio admite ser dono de um garimpo - fato que que ocultou na delação - "...o momento é.. complicado para todo mundo (...) mas, também acho que ele não tem essa mobilidade que ele tinha antigamente. Mas pelo menos tô com um garimpo né", diz trecho do áudio.
O delator ainda afirma que falou em sua delação "coisas que quis". "Só isso, só isso e falei algumas coisas que eu quis".
Em outro trecho, o delator afirmou que um valor recebido, de R$ 20 mil, tinha como objetivo quitar uma dívida de pesquisa de campanha com o empresário Marco Polo Pinheiro, irmão do prefeito Emanuel Pinheiro e dono do Instituto de Pesquisa Mark. Corrêa tinha uma dívida total de R$ 50 mil com o empresário.
À Folha de S. Paulo, Zanatta admitiu ter gravado Silvio Corrêa para se proteger de uma eventual gravação em seu desfavor. Também disse que entregou o conteúdo a Emanuel por amizade, já que percebeu que poderia favorecê-lo.
Emanuel declarou, por meio de nota, que decidiu utilizar o áudio em sua defesa no Supremo assim que soube da gravação. Solicitou ainda que a PGR analise o conteúdo do áudio e convoque Zanatta para depoimento.
Já a defesa de Sílvio Corrêa, que além de Emanuel gravou outros deputados e ex-deputados estaduais recebendo dinheiro no Palácio Paiaguás, nega que procedeu no acordo de delação premiada conforme determina a lei. No entanto, disse que desconhece a gravação feita por Zanatta.
Carlos Nunes 22/09/2017
Ih! Pensar que um delator premiado vai contar 100% do que realmente sabe...é a mesma coisa que acreditar em Papai Noel, Mula Sem Cabeça, Saci Perere. No máximo vai contar só uns 50% e olha lá. Há algum tempo fizeram uma entrevista relâmpago com o Eduardo Cunha, e um ou outro telejornal mostrou rapidamente. Ele disse: se contar o que sei, vou abalar a República, presidentes, ex-presidentes, vão parar na cadeia. Esse não vai contar nada só por medo. Pra contar tudo é preciso também muita coragem.
Osvaldo da silva 21/09/2017
Ouvi toda a gravação e ela só confirma que todos deputados faziam pressão para pegar uma grana extra. Emanuel Pinheiro, luciane bezerra etc....Não tem nada para derrubar a delação. Inclusive o acordo com taques que o silval não pagou o compromisso aí ele ficou puto e ferrou com silval. Tudo por conta do dinheiro que não recebeu na campanha.
2 comentários