APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, disse que pode ter havido um “certo exagero” na medida provisória do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), que abriu linhas de crédito até um total de R$ 30 bilhões para reparar perdas dos exportadores e assegurar a manutenção dos empregos dos trabalhadores.
“Eu acho que talvez possa ter havido um certo exagero em relação ao alcance, porque tem que estudar cada setor atingido. Eu espero que isso não se torne uma nova bomba fiscal”, disse Gallo.
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A principal crítica do secretário é o fato de o valor ter ficado de fora do limite do arcabouço fiscal. “Isso vai gerar mais endividamento público, taxas de juros maiores, inflação, enfim, tudo aquilo que o país não precisa nesse momento”, analisou.
Para Gallo, a atuação do governo deve ser focada nos setores mais atingidos pelo tarifaço americano. Ele citou como exemplo o Grupo JBS.
“Não sei se vocês viram ontem, mas houve uma notícia divulgada pelo CEO do Grupo JBS que diz claramente que passado um mês não houve impactos para os setor da carne, especificamente em relação à JBS”, disse, dando a entender que esse pode ser um setor menos afetado.
“Agora, óbvio, nós temos o setor de frutas que é super perecível e aí não tem jeito, as frutas perecem, elas precisam ser vendidas e aí me parece super adequadas as políticas que estão sendo adotadas”, comparou.