KARINE ARRUDA
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou, na manhã de quinta-feira (14), que vai punir todos aqueles que forem vistos pichando muros, paredes, lojas e demais prédios, públicos ou privados, na Capital. Segundo o gestor, não há permissão para pichações no município e, caso isso continue a acontecer, a Ordem Pública e a Polícia Civil serão acionadas para coibir as ações.
“Em Cuiabá, a pichação está proibida, nem que a pessoa interprete isso como arte. Faz a arte dentro do seu quarto, dentro da sua casa, na sua parede. Mas na parede do vizinho, da loja e da casa dos outros não. Aqui no município de Cuiabá, todos os instrumentos que a gente tiver para apreender essas pessoas, nós vamos agir”, disse, durante passagem pela Câmara de Vereadores.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Leia mais - Pichação com "todes" é feita próxima à prefeitura
A fala do prefeito é uma resposta a uma pichação feita em um tapume de obras, próximo ao prédio da prefeitura, nesta semana. No local, foi pichado a palavra “todes”, em referência a um desentendimento ocorrido entre Abilio e a professora Maria Inês, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), durante uma palestra na Conferência Municipal de Saúde.
“Eu acho que foi muito oportuno a pessoa escrever errado no muro lá perto da prefeitura. Isso foi para chamar minha atenção, claro. É um ato de protesto, manifestação, mas é uma pixação”, pontuou.
Leia mais - Abilio interrompe professora e proíbe uso de “todes” em Cuiabá; veja vídeo
A polêmica envolvendo o pronome neutro começou no dia 30 de julho, data em que a Conferência de Saúde foi realizada. Na ocasião, Maria Inês havia começado a palestrar e saudado os que estavam presentes com a palavra "todes", quando foi interrompida por Abilio, que disse que pronome neutro era proibido em sua gestão.
Com a interrupção, a professora se retirou do evento. No mesmo local, Abilio também discutiu sobre o uso do pronome neutro com um ativista do movimento LGBTQIAPN+. Segundo o ativista, o prefeito teria dito: “Todes não existe. Todes é chocolate”.