CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
Na decisão do desembargador José Zuquim, que autorizou a segunda fase da Operação Bereré, o magistrado apontou que o empresário Roque Anildo Reinheimer, sócio da Santos Treinamento, usada pela EIG Mercados para lavar dinheiro, exigiu o pagamento de R$ 50 mil mensais, ou R$ 600 mil por ano, sob ameaça de “utilizar sua influência política com deputados para a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito a respeito do contrato entre a EIG Mercados e o Detran/MT [Departamento Estadual de Trânsito]”.
A informação consta no depoimento do sócio da EIG, José Ferreira Gonçalves Neto, aos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), depois da primeira fase operação, em fevereiro.
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A exigência de propina por Roque teve início, segundo o documento, em 2017, depois que a EIG rescindiu o contrato com a Santos Treinamento. De acordo com José Ferreira, até 2015 o pagamento de propina a políticos e empresários era feito através da Santos Treinamento, porém, com o início da atual gestão, os valores ilícitos eram repassados diretamente ao ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, através do ex-diretor da EIG, Valter José Kobori.
“Em consonância com essas alegações está a minuta de denúncia em nome de Roque Reinheimer direcionada ao deputado estadual Oscar Bezerra, que traz como assunto anunciado a “fiscalização para apuração – requerimento de informações – indícios de informações levantados”, apresentada pelos sócios da EIG Mercados Ltda”, escreveu Zuquim, na decisão.
“No mesmo sentido apontam os documentos apreendidos na casa de Roque Anildo Reinheimer, dentre os quais estão a minuta de denúncia direcionada ao deputado estadual Guilherme Maluf, que traz como assunto anunciado a “fiscalização para apuração – requerimento de informações – indícios de informações levantados”, e a minuta de denúncia em nome de Roque Reinheimer direcionada ao Grupo de Atuação Especial Contra Crime Organizado – Gaeco, que traz como referência “pedido de apuração”, constante no inquérito policial”, completou o desembargador.
Zuquim também levou em consideração apontamentos de que o empresário interferiu na produção de provas pelo Gaeco, ajudando a ocultar a participação de outros integrantes da organização criminosa, “seja pela montagem de documentos, pela ameaça, pela extorsão, de modo que sua prisão preventiva é necessária para a garantia da investigação criminal e da instrução processual penal”.
Roque foi preso na última quarta-feira (9) junto com Paulo Taques e José Kobori, além do deputado estadual Mauro Savi (DEM), do advogado Pedro Jorge Taques, e do empresário Claudemir Pereira dos Santos.
Operação
A Operação Bônus é resultado da análise dos documentos apreendidos na primeira fase da Operação Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas. Tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos. A investigação apura esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propina, por meio de contrato da empresa EIG Mercados e o Detran, na ordem de R$ 27,7 milhões, que operou de 2009 a 2015.
Maria 12/05/2018
Senhor articulista recordo que Pedro Taques é cego, porque também não viu e não soube nada do decreto bom pagador para cobrar comissão de quem recebe do estado, perdão divida unimed, aumento de 2 bilhões nos incentivos fiscais, aumento de 3 bilhões em divida, desvio 50 milhões da seduc, queima de 30 toneladas de medicamentos na saúde, desvio de 350 milhões do fundeb, desvio 500 milhões do fethab, falta de aplicação de 25% na educação (100 milhões), grampolandia (contra advérsários para montar dossiê), 1 bilhão do VLT parado na conta bancária, licitação irregular de 200 milhões em pontes, licitação irregular de 11 bilhões no transporte, caixa 2 Alan Malouf, salario por fora de 50 mil mês para os secretários, desvio de 8 milhões na orquestra de MT, 30 milhões fraude no detran, proteção aos amigos e policia para os inimigos, desvio de R$4 milhões do fundo trabalho escravo, desvio de 100 milhões dinheiro dos municípios, atraso de salários, farra das diárias, aumento de 10 mil servidores públicos, aumento de cargos políticos, fraude no protocolo SINFRA e Casa Civil, 1 milhão mês de propina da Consignum na Sad, incompetência na gestão, aprovação de crédito de 100 milhões para o primo Paulo Cesar Taques.... etc
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