RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO
Os advogados do ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, acusaram o desembargador Orlando Perri – do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) – de confiar “cegamente” no depoimento do tenente-coronel José Henrique Soares, para decretar a prisão de seu cliente e demais investigados no suposto esquema de interceptações telefônicas clandestinas no Estado.
Os argumentos constam no pedido de liberdade do ex-secretário, impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF), que está concluso para decisão do ministro Luís Alberto Barroso com o objetivo de derrubar uma liminar do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do último dia 6, que manteve a prisão afirmando que o ex-secretário é um dos maiores beneficiários do esquema.
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Taques está preso desde o último 27 de setembro no Centro de Custódia da Capital (CCC), por força da Operação Esdras, da Polícia Civil, sob acusação de obstrução à Justiça e de liderar um suposto grupo criminoso que comandava um esquema de arapongagem no âmbito das Policias Civil e Militar.
A defesa de Paulo Taques - composta por Cláudio Alencar, Pedro Pertence e Maria Lima também - argumenta que Perri usou somente o depoimento do militar José Henrique Soares, sendo que sequer ouviu opinião do Ministério Público Estadual (MPE).
Para a defesa, mesmo o fatos denunciados pelo tenente coronel sendo considerado “gravíssimo”, inclusive contra membros do MPE, o fato é isolado e, por isso, não justifica a prisão de Paulo Taques.
Os advogados apontam, ainda, que o magistrado citou “sérios e fundados indícios” de que o ex-chefe da Casa Civil era o líder financiador da organização criminosa, no entanto, não apresentou provas, o que também não justificaria a prisão.














