ALCIONE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Sem falar em datas, a delegada Maria Alice Amorim, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), confirmou que as investigações referentes às denúncias contra a empresa Caramuru Alimentos S/A, feitas pelo então candidato a prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), estão tramitando normalmente.
“As investigações sobre incentivos fiscais da Caramuru, com base na denúncia, estão tramitando normalmente e, possivelmente, num dado prazo, já estaremos apresentando seus resultados também”, disse Maria Alice.
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A delegada fez questão de deixar claro que a Operação Zaqueus, deflagrada terça-feira (3) pela Polícia Judiciária Civil, só tem em comum com a denúncia de Wilson Santos o nome da empresa.
“As investigações sobre incentivos fiscais da Caramuru, com base na denúncia, estão tramitando normalmente e, possivelmente, num dado prazo, já estaremos apresentando seus resultados também”, disse Maria Alice.
Durante a campanha eleitoral, Wilson afirmou que familiares de seu adversário, o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), teriam recebido propina para “viabilizar” incentivos fiscais do Governo de Mato Grosso à Caramuru.
Wilson Santos divulgou uma gravação em que os empresários, Marco Polo Pinheiro, conhecido como Popó (irmão de Emanuel), e a esposa Bárbara Pinheiro, falam sobre uma "consultoria" à empresa Caramuru Alimentos. Eles teriam sido beneficiados por meio de propina no valor de R$ 4 milhões, ao conseguir acelerar o processo de concessão dos benefícios fiscais junto ao Governo Silval Barbosa.
Para conseguir tal benefício, a Caramuru Alimentos ingressou, em 2010, com pedido de enquadramento no Prodeic, por meio de três empresas, com sedes nos municípios de Água Boa, Querência e Canarana.
Quatro anos depois, o processo ainda estava parado e, nesta época, o casal Bárbara e Popó, com anuência de Emanuel, teria agido nos bastidores para intermediar a agilização da aprovação do processo, quando o secretário de Indústria e Comércio era Alan Zanatta (PMDB), indicado pelo então deputado federal, e hoje senador, Wellington Fagundes (PR).
As três empresas da Caramuru passaram a usufruir de alíquotas diferenciadas na cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na aquisição de máquinas e equipamentos.
Na época, Wilson encaminhou uma série de documentos à Defaz.
Tanto em 2016, quanto agora, a Caramuru se defendeu por meio de nota encaminhada à imprensa. No ano passado disse que só iria se manifestar após a eleição, o que não ocorreu. “A empresa definiu que somente irá pronunciar sobre o tema, com detalhes, após as eleições, quando faremos os devidos esclarecimentos dos fatos, apresentando a versão da Caramuru Alimentos, empresa que se pauta por seu Código de Ética, princípios e valores sólidos”, disse na época.
Desta vez, alegou ser vítima de extorsão dos servidores públicos da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
alexandre 06/05/2017
WS atirou no que não viu e acertou no governador...
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