APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Para o vice-presidente do Instituto Pensar o Agro, Nilson Leitão, o estado de Mato Grosso está salvaguardado contra os efeitos do tarifaço do governo dos Estados Unidos sobre os produtos de origem brasileira. Isso porque os produtores da região são exportados principalmente para a China e outros países da Ásia, África e Europa.
“Se tiver uma boa notícia num momento como esse, é que o Mato Grosso é um dos estados menos afetados. Aqueles que criticam muito o Mato Grosso ser um exportador para a China e para outros países asiáticos, África e a Europa, [estão vendo que] num momento como esse o Mato Grosso está salvaguardado da decisão do presidente Trump em taxar o Brasil”, afirmou ao .
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As exportações de Mato Grosso para os EUA no primeiro semestre de 2025 corresponderam a 1,1% do total produzido. No ano passado, o país de Trump ficou na 17ª posição entre os principais destinos de produtos originados do estado - algo como R$ 175 milhões dos R$ 14,1 bilhões que foram enviados para os mercados internacionais.
Os setores da economia mato-grossense que mais devem sofrer impactos são aqueles que produzem carne bovina, madeira beneficiada, mineração e produtos industriais específicos.
“Esses podem enfrentar queda de receita ou cancelamento, instabilidade. Mas vai ter que buscar outros mercados, não tem como fazer isso”, afirmou Leitão.
Os efeitos desse tarifaço a nível de país devem ser o aumento do custo da produção e o encarecimento do crédito, acompanhado de pressão inflacionária. Além disso, pode haver desaceleração dos investimentos no agro.
“O governo vai ter que dar um incentivo para esses setores que caírem, no primeiro momento. Reduzir imposto, promover o mercado alternativo e mitigar os efeitos do custo agrícola industrial, ou seja, os governos estaduais e o governo federal vão ter que buscar um processo de incentivo aos setores que forem atingidos de forma direta”, defendeu o vice-presidente.
O tarifaço tem data para começar: dia 1º de agosto. E a previsão é de cancelamentos de compras e prejuízo aos produtores.
“Mato Grosso não é um ente isolado do país, faz parte do conjunto do país e é claro que isso é ruim para o Brasil como um todo”, concluiu Leitão.
toni 28/07/2025
Para os Estados que tem sua economia baseada em produção de produtos primários pode NÂO ser um impacto grande, mas para estados industrializado como São Paulo e MInas o impacto pode ser gigante. Considerando que os Estados industrializados contribuem com MAIOR percentual de valor adicionado teremos uma impacto forte no PIB do Brasil. Mato Grosso por exemplo pode sentir menos já que tem pariticapação de menos 2% no PIB, e tem economia baseado em exportação de produtos primários.
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