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Cuiabá, 22 de Junho de 2025
22 de Junho de 2025

06 de Dezembro de 2019, 07h:00 - A | A

PODERES / HOSPITAIS FILANTRÓPICOS

Carvalho: 'Não admito usar pacientes do Sus como moeda de troca'

A declaração do secretário de Saúde de Cuiabá Luiz Antônio Pôssas de Carvalho ocorre após o Hospital Geral ameaçar a paralisação dos atendimentos por falta de repasses; Prefeitura diz que dívida será paga nesta semana.

RAFAEL MACHADO
KAROLLEN NADESKA



O secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, disse que não irá aceitar que o paciente do Sistema Único de Saúde (Sus) seja utilizado como moeda de pressão ou troca pelos hospitais filantrópicos para que sejam cobrados valores em atraso.

No último final de semana, o Hospital Geral suspendeu os atendimentos alegando falta de pagamento do Município.

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“Vocês se lembram da Santa Casa! Não admito usar o usuário do Sus como moedas de pressão ou de troca. O usuário Sus é um ser humano, ele merece respeito, ele merece dignidade”, disse durante coletiva de imprensa na quarta-feira (04).

O secretário explicou que a dívida que Cuiabá tem com o hospital é de R$ 466 mil, referente a serviços de cardiologia, e que o pagamento deve ocorrer ainda nesta semana. Ele destacou que outros serviços contratados com a unidade estão dentro do prazo.

“Por causa de ‘10 dias, 5 dias de atraso’ você fechar uma unidade. Aí me desculpe, está fugindo do comprometimento da essência da natureza dos seus serviços prestados. Para não ficar a mercê desse tipo de situação, Cuiabá está ofertando cada vez mais serviço. Vai chegar a um patamar de ofertar 100% dos serviços necessários para os cuiabanos e aos mato-grossenses que a gente atende aqui”, destacou.

Ele ainda comentou que o Estado deve ao Município R$ 45 milhões e, mesmo assim, a Prefeitura continua atendendo os pacientes do interior. Pôssas ressaltou que Cuiabá vem suportando a Saúde do Estado na média e alta complexidade e até a básica há décadas.

"O Estado esta inadimplente com R$ 45 milhões e mesmo assim não paramos de atender o mato-grossense. Vamos continuar atendendo porque é uma vida humano. Não estamos mexendo com números, mas sim com vida humana", disse.

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