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Cuiabá, 16 de Setembro de 2025
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07 de Outubro de 2017, 07h:00 - A | A

PODERES / FLAGRADOS EM VÍDEO

Botelho diz não ter como punir deputados que receberam 'mensalinho'

O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, afirmou que a Comissão de Ética tem trabalho investigativo limitado e, por isso, não deve atuar para punir parlamentares flagrado recebendo suposta propina do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), afirmou em entrevista ao programa Conexão Poder, do , que não há motivos para acionar, na Comissão de Ética, os deputados flagrados em vídeo recebendo suposto “mensalinho” do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) dentro do Palácio Paiaguás.

O deputado explica que se as imagens fossem suficientes para afastar os parlamentares, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), não teria indeferido o pedido de afastamento dos políticos.

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“A sociedade cobra [isso], mas eu digo que não cabe pelo número de deputados [envolvidos]. Você vai fazer o quê se não tem dados nenhum sobre as aquelas imagens? E se os vídeos fossem suficientes o ministro tinha mandado afastar”, respondeu o presidente.

Botelho afirma que apesar da população cobrar uma atitude do Poder Legislativo para que puna os parlamentares citados na delação premiada do ex-governador, a Comissão de Ética tem um trabalho investigativo limitado.

“Vocês acham que a Comissão de Ética da Assembleia terá condições de ir atrás de provas maiores que a Polícia Federal está apurando”.  

O presidente da Assembleia alega, ainda, que neste momento é preciso manter a atividade do Parlamento já que as supostas irregularidades ocorreram na gestão passada.

“Vamos continuar trabalhando. Não tem ‘mensalinho’ do Governo e nem da Assembleia”, defendeu Botelho.

O caso

No acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-governador Silval Barbosa “entregou”, pelo menos, 17 deputados estaduais e ex-deputados que receberam “mensalinho” para que não “criassem problemas” e apoiassem os projetos do Executivo. Ao total, os parlamentares receberam propina de R$ 600 mil, cada um.

Os parlamentares citados por Silval foram o atualmente deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), os deputados estaduais Jose Domingos Fraga (PSD), Oscar Bezerra (PSB), Gilmar Fabris (PSD), Baiano Filho (PMDB), Silvano Amaral (PMDB), Romoaldo Junior (PMDB), Wagner Ramos (PSD), Mauro Savi (PSB) e Dilmar Dal Bosco (DEM), e os ex-deputados estaduais Hermínio Barreto, Luiz Marinho, Airton Português, Alexandre César, Antonio Carlos Azambuja, e os prefeitos de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), e de Juara, Luciane Bezerra (PSB).

Veja a entrevista:

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