FERNANDA ESCOUTO E
DAFFINY DELGADO
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (União), cobrou celeridade da Comissão de Ética sobre o caso envolvendo o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), denunciado por quebra de decoro por ofensas às mulheres.
Acabei de redigir um ofício da Presidência à Comissão cobrando resultado, porque foi dado um prazo e eles já não cumpriram e que quero resultado. Eles têm que devolver para presidência, mas até agora não me deram resposta e eu quero uma resposta disso
“Acabei de redigir um ofício da Presidência à Comissão cobrando resultado, porque foi dado um prazo e eles já não cumpriram e que quero resultado. Eles têm que devolver para presidência, mas até agora não me deram resposta e eu quero uma resposta disso”, disse Botelho.
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Durante uma audiência pública que tratava da criminalização do aborto, Cattani comparou a gestação de mulheres com as de vacas. O episódio ficou ainda mais complicado depois que o parlamentar gravou um vídeo pedindo desculpas às vacas por compará-las com mulheres feministas. Em seguida, veio a público um vídeo em que a esposa de Cattani aparecia "mugindo".
“Estou oficiando a Janaina [Riva], que é presidente da Comissão, para que ela responda para mim o que está sendo feito, porque atrasou e porque eu não recebi o retorno da Comissão”, pontuou o presidente da Casa de Leis, ressaltando que Janaina deve responder o ofício imediatamente.
Punição equilibrada
Em junho, a presidente da Comissão de Ética, Janaina Riva (MDB), chegou a dizer que Cattani deveria ter uma punição equilibrada, pois a cassação seria algo muito severo.
“Eu concordo com ele, eu concordo que (a cassação) é algo muito forte mesmo. Mas algo pedagógico para que os deputados entendam que falas como essa não serão aceitas pela Casa precisa ter também. Por isso a gente tem falado em algo que seja equilibrado, porque eu entendo também que a gente não pode condená-lo por uma única fala como essa. Mas que a fala foi muito infeliz e precisa de uma punição, precisa”, defendeu.
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À época, a parlamentar ainda ponderou que pudesse haver a suspensão temporária do mandato de Cattani.
