Francisco Dutra
DO METRÓPOLES
O relatório da sindicância do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) sobre o caso da paciente que ficou paraplégica após tratamento com fenol identificou sinais de lesão pelo uso da substância. “Há indício de relação causal entre o procedimento médico e o efeito adverso”, pontuou o documento.
Um mês após o casamento, em busca de cura para dores profundas na região pélvica, causadas pela endometriose, a técnica de enfermagem Bruna Conceição dos Santos, 25 anos, se submeteu a um tratamento com fenol em uma clínica particular do DF, em maio de 2024. Após o procedimento, a paciente perdeu os movimentos das pernas.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
O caso é investigado pelo CRM-DF. Segundo Bruna, houve suposta imperícia médica. A Defensoria Pública do DF (DPDF) também entrou com ação na Justiça contra a clínica L’Essence e o médico Lucas Franca, responsáveis pelo procedimento. Ambos negam erro no tratamento (leia mais abaixo).
“Muito embora a ação do médico tenha sido proporcionar melhora da condição clínica da paciente, há de se considerar que houve uma possível lesão das raízes motoras supracitadas. O próprio médico reconhece essa possibilidade, embora rara, como sendo efeito adverso da técnica”, afirmou o relatório do CRM.
O conselho ainda não concluiu a sindicância, e o procedimento ainda está em aberto, com garantia de ampla defesa e contraditório.