KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT
Ana Maria Bueno de Almeida, de 40 anos, acusada de matar a facadas o próprio esposo, Joel Mesquita da Silva, 33, se entregou à Polícia Civil, na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (16). Ela estava foragida desde o último domingo (12), data em que o crime aconteceu.
A assassina se apresentou na unidade policial na presença de seu advogado. Ela estava com a prisão preventiva decretada pela Justiça pelo crime de homicídio qualificado. Joel foi assassinado com sete facadas na residência do casal, em Várzea Grande.
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De acordo com informações repassadas à Polícia Civil, no dia do crime, Ana Maria e Joel estariam ingerindo bebida alcoólica quando tiveram uma discussão porque a vítima pretendia sair de casa para continuar bebendo com amigos, mas a esposa não permitiu. A briga se intensificou e, na sequência, a assassina pegou uma faca na cozinha e golpeou o esposo diversas vezes.
Em um áudio que circula nas redes sociais, Ana Maria alega que Joel teria partido para cima dela primeiro com a faca na mão e, chegou a feri-la. Após conseguir tomar o objeto dele, ela começou a atacá-lo. Segundo a assassina, ela não fazia ideia que iria machucá-lo e só desferiu os golpes porque estava em um momento de desespero e medo.
"Peço perdão, perdão por tudo. Eu também acabei com a minha vida, não foi só dele. Você sabe que não é a primeira vez que isso aconteceu. Ele veio pra cima de mim com a faca. E ele cortou a minha mão, tentando tomar a faca dele, ele cortou a minha mão e eu caí no chão. E depois eu já peguei e já puxei o sangue. Eu não imaginava que ia machucar ele. Tô arrasada, tô pronta pra me tirar a minha vida", disse.
Assassinato
O crime ocorreu no dia 12 de outubro, na residência do casal, no bairro São Mateus em Várzea Grande. A vítima, Joel Mesquita da Silva, de 33 anos, foi encontrada caída no chão, já sem vida, e, a princípio, com uma perfuração de arma branca na região do pescoço.
As equipes da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Politec estiveram no local, sendo posteriormente identificadas sete perfurações em diferentes regiões do corpo. Logo após o crime, a suspeita fugiu da residência em uma motocicleta.
Diante das evidências, o delegado responsável pelas investigações, Edison Pick, representou pela prisão preventiva da suspeita, que foi deferida pela Justiça. Após ter a ordem judicial cumprida, ela será interrogada na DHPP e posteriormente colocada à disposição da Justiça.