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Cuiabá, 27 de Maio de 2024
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06 de Agosto de 2018, 10h:55 - A | A

PODERES / FORA DAS ELEIÇÕES

Blairo desistiu da política por delação de Silval; 'Não vale a pena'

O ex-governador Silval Barbosa apontou que diversos esquemas de corrupção teriam tido início na gestão de Blairo Maggi

RAFAEL MACHADO
MIKHAIL FAVALESSA



O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) afirmou que a repercussão negativa da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa foi o que o levou a decidir que não iria concorrer a nenhum cargo nesta eleição.

“A delação do Silval é uma coisa que acabou judiando muito e fez com que eu repensasse muito se vale a pena ou não fazer todo esse enfrentamento ou estar na política, como eu estava e a conclusão foi não”, disse nesta segunda-feira (6) antes do seminário sobre ferrovias na Assembleia Legislativa.

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Na delação, Silval apontou que diversos esquemas de corrupção teriam tido início na gestão de Maggi. Entre as acusações, o ex-governador apontou que o ministro teria pagado R$ 3 milhões pelo silêncio do ex-secretário de Fazenda, Éder Moraes, que havia delatado a compra da vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para Sérgio Ricardo.

“A delação do Silval é uma coisa que acabou judiando muito e fez com que eu repensasse muito se vale a pena ou não fazer todo esse enfrentamento ou estar na política, como eu estava e a conclusão foi não”, disse Blairo.

Blairo comentou que pretende ficar até dezembro no Ministério de Agricultura e previu que novos problemas poderão aparecer até lá. No ano passado, a pasta foi alvo da Operação Carne Fraca, que investigou as maiores empresas do ramo de frigoríficos acusadas de adulterar a carne que vendiam nos mercados interno e externo.

“Muitos problemas podem surgir ainda, como brinco com meu pessoal lá, meu pacote de velas já está acabando. A gente não consegue comemorar uma coisa boa que no outro dia já vem um problema”, observou.

No ano que vem, Blairo pretende retornar suas atividades como empresário do ramo do agronegócio, além de voltar ao comando da empresa Amaggi, na qual é sócio.

“Hoje você tem uma coisa chamada de PPE, Pessoa Politicamente Exposta, na medida em que você está em cargo público você aumenta o grau de exposição e o grau de risco. Então em função de tudo isso, depois de 16 anos da vida pública eu pretendo encerrar. Como eu disse em março, não vou dizer que nunca mais volto, mas nesse período quero estar efetivamente afastado”, ponderou.

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