DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva, defendeu a 'equalização da paridade de gênero' dentro do órgão. Na semana passada, foi lançado o primeiro edital destinado somente para mulheres para assumir uma vaga de desembargador.
Para a desembargadora, o lançamento desse edital marca a história do TJ de Mato Grosso. Ela explicou ainda que o entendimento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que no final do ano passado aprovou um ato normativo para a implementação de um sistema de alternância de gênero no preenchimento de vagas em tribunais de segunda instância da Justiça brasileira, é para que pelo menos 40% dos cargos de desembargadores sejam ocupados pelas mulheres.
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"Nós lançamos o primeiro edital da paridade de gênero e é justamente num momento histórico que nós estamos inaugurando no Tribunal de Justiça de Mato Grosso a paridade que veio pelas mãos do CNJ. Esta vaga está sendo ofertada somente para as mulheres que fazem parte da quinta mais antiga do nosso tribunal", disse.
"Ela vem para aumentar nosso coeficiente, nosso quantitativo de mulheres no tribunal. Isso visa uma equalização de forças, um equilíbrio de gênero porque nós sabemos que há muita diferença no modo de agir, pensar, não que um seja melhor ou mais correto do que o outro, mas são diferenças que se complementam. E isso, hoje o Conselho Nacional de Justiça reputa como prioridade até que haja, pelo menos, 40% do seu efetivo ocupado por mulheres", emendou presidente do TJ.
Pela proposta aprovada, os tribunais terão que abrir editais alternando a criação de listas mistas e exclusivas para mulheres nas promoções pelo critério de merecimento, até que seja atingida a paridade de gênero.
Atualmente, dos 38 desembargadores do Judiciário mato-grossense, apenas 11 são mulheres.
A última mulher a ingressar na Corte foi Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo, mas pelo critério de antiguidade.
