CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
Deve ficar prejudicada a audiência de instrução e julgamento da ação penal decorrente da operação Aprendiz, na tarde desta terça-feira (31), já que o ex-deputado estadual Maksuês Leite, arrolado como testemunha de acusação pelo Ministério Público Estadual (MPE), não está em Cuiabá.
De acordo com os autos, na tarde do último dia 19, um oficial de justiça esteve no endereço informado, mas não encontrou Maksuês. Somente a porteira do prédio informou que ele estava em viagem e não sabia quando retornaria. Também não havia ninguém no apartamento dele para receber a intimação de comparecimento à audiência.
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Diante disso, as oitivas das testemunhas de defesa do ex-vereador João Emanuel, réu na ação penal, deverão ser remarcadas, caso o promotor Marcos Bulhões insista na oitiva de Maksuês Leite. De acordo com a praxe processual, as testemunhas de acusação são sempre ouvidas antes das testemunhas de defesa e dos réus.
Este processo é um dos que decorreram da operação Aprendiz, deflagrada em 2013, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). A ação trata sobre a lavagem de dinheiro que teria sido feita a partir do desvio de R$ 1,54 milhão Câmara de Vereadores de Cuiabá.
Pelo crime de desvio, já foram condenados, em ação separada, o ex-presidente do Legislativo municipal João Emanuel Moreira Lima e Gleisy Ferreira de Souza, da Propel Comércio de Materiais Ltda, além do próprio Maksuês Leite, por também participar das fraudes em compras de materiais gráficos pela Câmara.
Na ação que será julgada na audiência desta terça-feira, João Emanuel e Gleisy respondem juntamente com os réus Guedey Araújo, Luciano Cândido Amaral e Lucas Henrique do Amaral, acusados de lavagem de dinheiro.
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