CAROL SANFORD
RAFAEL DE SOUSA
O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Joaquim, voltou atrás e desistiu de protocolar mandado de segurança contra o governador Pedro Taques (PSDB), nesta sexta-feira (27).
“Fui orientado pelos meus advogados a aguardar o prazo legal, mas essa demora em assinar o documento é claramente um ato político", afirmou Antonio Joaquim.
Antonio Joaquim iria processar Taques pela demora em sancionar o pedido de aposentadoria do conselheiro, protocolado no Governo do Estado no dia 19 de outubro. Pela Constituição Estadual, o governador tem prazo de 20 dias para se manifestar a respeito do requerimento.
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“Fui orientado pelos meus advogados a aguardar o prazo legal, mas essa demora em assinar o documento é claramente um ato político, para tentar inviabilizar minha filiação no PTB, que estava marcada para o dia 8, quando termina o prazo para ele sancionar meu pedido”, afirmou.
Ele informou ter requerido a aposentadoria no dia 12 de setembro no TCE e acreditava ter o pedido acatado até o fim daquele mês. Antonio Joaquim se afastou do Tribunal para voltar à vida política e disputar o Governo do Estado nas eleições de 2018.
O conselheiro afastado considerou que Taques tem “medo” da disputa com ele e pontuou que a demora na sanção da aposentadoria não se justifica, por ser apenas um ato formal.
“É uma ação política, porque ele está com medo da minha candidatura. Estou desconfortável com esse assunto, mas é ele que está criando mais uma crise, cerceando o meu direito em dois momentos, de me aposentar e do ato de filiação que já estava amplamente divulgado”, declarou.
Segundo ele, a filiação ao PTB poderá ser transferida, caso Taques utilize todo o prazo para manifestação da aposentadoria. O conselheiro também seria nomeado por Roberto Jefferson presidente estadual da legenda.
“Ele não terá a capacidade de censurar este ato político de todas as oposições de Mato Grosso. Vamos transferir se necessário for”, disse.
Antonio Joaquim ainda criticou a gestão Taques, apontando os atrasos nos repasses da saúde e do duodécimo dos poderes.
“Ele tem bons quadros, secretários competentes, mas o problema é ele, que não tem competência de gestão”, concluiu.















