Temos pela frente dentro de 15 dias o segundo turno das eleições de 2018. Daqui a dois domingos estaremos de volta às urnas pra escolher o próximo presidente da República. Obviamente, será um homem. A única mulher na disputa, Marina Silva, ficou no primeiro turno. Dois extremos ideológicos e partidários.
No meio, 205 milhões de pessoas que dependerão da gestão do Estado que eles governarão. Se forem bons gestores o país sai do atoleiro. Se forem ruins o país atola mais. Simples assim.
Uma coisa não se pode negar nesta eleição. Apesar da omissão histórica e do mau uso da política na escolha de representantes, desta vez o eleitor brasileiro está com medo. Ele aprendeu a duras penas a partir dos governos Lula e Dilma, o quanto a política pode lhe fazer mal. Aumenta impostos, cria insegurança, politiza a máquina do Estado, corrompe toda a sociedade, tira o emprego de 25% da massa economicamente ativa da população, deseduca as universidades, mata a educação, mata a saúde e ainda vende a ideia de que o Brasil é uma potência.
Essa clareza os eleitores tem. Mas os dois candidatos não!
Nenhum, aliás, dos que concorreram no primeiro turno tinha a clara noção de que o eleitor quer um Brasil. Eles queriam outro e nem sabiam qual...!
A sociedade está fazendo o que pode. Atua como nunca atuou antes numa eleição. Mas política está num nível de degradação insuportável. A corrupção de princípios tomou conta de todos os sistemas públicos e os institucionais privados. Não se pode culpar só o Estado. Pergunta-se, pra citar alguns exemplos gritantes: onde estiveram nesses anos todos e nesta eleição, as poderosas confederações da Agricultura, das Indústrias, dos Transportes e do Comércio e Serviços? Vivendo em luxuosos prédios mantidos pelo dinheiro do cidadão. Meras instituições burocráticas. Teriam voz, se quisessem. Mas isso não convém aos dirigentes, casados de papel passado com a corrupção estatal.
Daqui a 15 dias vou votar pela enésima vez. Mas desta vez vou com o coração nas mãos. Os próximos anos serão penosos. Não se conserta uma nação como o Brasil em menos de décadas e precisa de governantes muito melhores do que as promessas genéricas dos que estarão nas urnas.
Anos muito difíceis nos aguardam de 2019 em diante. Só um ser poderá manter a ordem nessa re-construção do Brasil: os cidadãos. De preferência com o porrete nas mãos em cima da política todas as vezes que ela sentir saudades dos dias de hoje!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
EDILSON R DA SILVA 16/10/2018
por favor né onofre... seu comentário já diz a preferência do seu voto. o povo espera simplesmente que o vencedor não faça o que o partido do provável derrotado junto com o adversário disfarçado (PSDB) fez nos últimos 20 anos, só isso. de resto, não sobrará alternativa a não ser fazer o mínimo no início do governo enquanto terá popularidade. resolver o problema da máquina tão inchada, administração técnica, reforma tributária ainda que parcial, distribuição por emenda constitucional (que não terá oposição) maior que a atual para os estados e municípios. de resto, a credibilidade vem com assim que sinalizar com tais reformas e os investimentos externos voltarão naturalmente, significando emprego e renda. A lava jato continuará e descerá para os estados e municípios e as coisas voltarão ao patamar da decência, acabando com a participação do parlamentar no valor das suas emendas, pois ficarão com receio de serem pegos, pois muitos serão presos por isso. questão de tempo. não é tão simples, mas o tempo comprovará a tese.
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