facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 22 de Novembro de 2025
22 de Novembro de 2025

22 de Novembro de 2025, 02h:00 - A | A

CIDADES / INTERNACIONAL

Putin se manifesta sobre plano de Trump para paz na Ucrânia

Putin diz ter recebido a proposta dos EUA, mas afirma que detalhes não foram discutidos e que Kiev resiste ao texto apresentado por Trump

MANUELA DE MOURA
DO METRÓPOLES



O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (21/11) que o novo plano dos Estados Unidos para encerrar a guerra na Ucrânia retoma elementos de uma proposta já discutida após seu encontro com Donald Trump no Alasca. Segundo ele, Washington pediu concessões específicas durante aquelas negociações, que chegaram a avançar, mas foram interrompidas depois que a Ucrânia rejeitou o esboço apresentado.

Putin declarou que Moscou recebeu o texto atualizado do plano elaborado pela administração Trump, mas ressaltou que “nenhum detalhe foi discutido de forma concreta” com o Kremlin até agora.

Ainda assim, o russo disse acreditar que o documento “pode servir de base para um acordo de paz definitivo”, caso haja disposição política de todas as partes envolvidas.

Pontos principais do plano dos EUA
Pelos termos divulgados pela imprensa internacional, Estados Unidos e aliados reconheceriam a soberania russa sobre a Crimeia, o Donbass e outras áreas ocupadas.
Em troca, Kiev receberia garantias de segurança de Washington e da Europa, além de zonas desmilitarizadas nas regiões de retirada ucraniana.
O Exército da Ucrânia seria reduzido pela metade, perderia armas de longo alcance e ficaria proibido de receber tropas estrangeiras. O russo se tornaria idioma oficial. O pacote ainda inclui a suspensão das sanções contra Moscou.
No Donbass, a Ucrânia teria de ceder toda a região, incluindo cidades ainda controladas por Kiev, como Kramatorsk e Sloviansk.
Outro ponto polêmico é um mecanismo de “aluguel”, pelo qual a Rússia pagaria pelo controle de fato de áreas ocupadas, mantendo a propriedade legal registrada em nome da Ucrânia.

Enquanto isso, o presidente russo enfatizou que as forças do país continuam avançando na região do Donbass, área cuja transferência para Moscou é considerada por ele condição essencial para encerrar o conflito. Putin afirmou que a operação militar seguirá pressionando as linhas ucranianas “a menos que haja um entendimento político claro”.

Do lado americano, o governo Trump estabeleceu um prazo: a Ucrânia deve se posicionar sobre o plano até 27 de novembro. Segundo a Reuters, Washington ameaçou cortar o compartilhamento de inteligência e a ajuda militar caso Kiev rejeite a proposta.

Enquanto isso, o presidente russo enfatizou que as forças do país continuam avançando na região do Donbass, área cuja transferência para Moscou é considerada por ele condição essencial para encerrar o conflito. Putin afirmou que a operação militar seguirá pressionando as linhas ucranianas “a menos que haja um entendimento político claro”.

Do lado americano, o governo Trump estabeleceu um prazo: a Ucrânia deve se posicionar sobre o plano até 27 de novembro. Segundo a Reuters, Washington ameaçou cortar o compartilhamento de inteligência e a ajuda militar caso Kiev rejeite a proposta.

Zelensky também se manifestou
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já indicou que o país enfrenta “uma escolha difícil”: aceitar termos considerados duros ou arriscar perder um aliado crucial.

Sua legitimidade interna, abalada por denúncias de corrupção, e a situação delicada do exército ucraniano que enfrenta escassez de pessoal e reveses no front pesam na avaliação de Kiev.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Comente esta notícia