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Ao invés de aderir ao "recesso branco", alguns parlamentares lançam mão da licença conjunta. Eles somam aos 120 dias de licença não-remunerada para interesse particular - a que todo parlamentar tem direito constitucionalmente - mais alguns dias de licença-saúde.
Os eleitores, no entanto, não têm motivos para se preocuparem com a saúde dos parlamentares. A licença serve apenas para garantir o direito à convocação de suplentes, adquirido somente em caso de ausência superior a 120 dias.
Na Câmara, Pedro Henry Neto (PP-MT), Wellington Fagundes (PR-MT), Vicentinho Alves (PR-TO), João Oliveira (DEM-TO) e Eduardo Valverde (PT-RO) usaram a brecha e apresentaram os pedidos médicos. Entre os senadores, estão Ideli Salvatti (PP-SC), José Agripino (DEM-RN), Garibaldi Alves (PMDB-RN) e Raimundo Colombo (DEM-SC).
Ideli afirma que está se tratando de uma hérnia de disco lombar no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, e que há um mês já vem fazendo sessões de fisioterapia. Em seu lugar, assume o suplente Belini Meurer.
Garibaldi Alves somou aos seus 116 dias de licença de interesse particular cinco dias para fazer um check-up. A assessoria diz que os exames são necessários como forma de preparação para a campanha, uma vez que o senador passará os próximos meses no interior de seu Estado. Na semana passada, assumiu o suplente João Faustino.