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Cuiabá, 13 de Maio de 2025
13 de Maio de 2025

05 de Janeiro de 2011, 18h:26 - A | A

POLÍTICA /

MPE investiga Ginco e Goldfarb por propaganda enganosa e má fé



DA REDAÇÃO

As empresas Ginco Ltda. e Gold Black S/A, conhecida como Goldfarb responsáveis pelo lançamento, construção e venda dos conjuntos residenciais Mônaco, Montenegro e San Marino são alvos de um inquérito civil para apurar denúncias de publicidade enganosa na comercialização de centenas de apartamentos e casas. A ação foi instaurada pelo Ministério Público Estadual (MPE) nesta segunda-feira (03) por meio da 6ª Promotoria de Justiça de Cuiabá e os residenciais estão localizados no km 02 da MT-251, rodovia Emanuel Pinheiro, que liga Cuiabá à Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte da Capital).

De acordo com o promotor de Justiça, Ezequiel Borges de Campos, o Ministério Público recebeu diversas denúncias de consumidores que relataram ter adquiridos os imóveis, convencidos pela publicidade e pelos vendedores das empresas de que as casas e apartamentos integravam um condomínio fechado.

"O processo de cooptação dos consumidores era e continua sendo viciado, uma vez que forjado na má-fé diante da contradição entre a promessa apresentada da segurança de um condomínio fechado e a realidade distorcida apurada, que trata-se de residenciais abertos, desprovidos de guarita capaz de assegurar o acesso controlado", afirmou.

No inquérito, o MPE ressalta que, agindo dessa forma, as empresas desrespeitam o artigo 37 da Lei nº 8.078/90, que trata do Código de Defesa do Consumidor.

"A multiplicidade de consumidores impactados pela publicidade ilícita e omissiva de dados relevantes do empreendimento e a relevância social da conduta danosa se manifesta pelo expressivo número de imóveis edificados nos residenciais lançados pelas empresas denunciadas pelos consumidores", destacou.

O promotor solicitou ao secretário municipal de Meio Ambiente, Lécio Nogueira, cópia integral do processo de aprovação do loteamento residencial "Parque das Nações", onde estão localizados os conjuntos residenciais. Além disso, requereu às empresas o número total e o nome dos adquirentes dos imóveis que integram os residenciais.

"Também encaminhamos cópia do inquérito à superintendente Estadual do Procon para instauração de procedimento visando aplicação de eventual penalidade às empresas infratoras", informou.

Durante a apuração das denúncias, o Ministério Público inspecionará o empreendimento imobiliário, cujo relatório deverá indicar, dentre outros fatores, a fase atual das obras e a forma de acesso ao seu interior.

A Ginco e a Goldfarb informaram através de nota à imprensa, que ainda não foram notificadas à respeito do inquérito do Ministério Público Estadual, devendo se manifestar dentro dos trâmites do lei. Dizem ainda, através da nota que "as empresas continuam de portas abertas ao cliente, ficando à disposição para atender aqueles que precisarem de mais informação".

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