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Cuiabá, 13 de Novembro de 2025
13 de Novembro de 2025

12 de Novembro de 2025, 23h:00 - A | A

POLÍTICA / EFEITO INSS

Irmã de petista é efetivada após aposentar ministro de Bolsonaro

Aposentadoria de José Carlos Oliveira, ex-ministro de Bolsonaro, foi promovida por departamento de irmã do prefeito de Fortaleza pelo PT

RAMIRO BRITES
METRÓPOLES



Investigado por suposto envolvimento no esquema bilionário de descontos indevidos contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ex-ministro da Previdência José Carlos Oliveira, que hoje se chama Ahmed Mohamad Oliveira, foi aposentado em 6 de outubro pela Diretoria de Gestão de Pessoas, chefiada à época de forma interina por Yveline Barretto Leitão, irmã do prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT).

Um mês após a concessão da aposentadoria voluntária a Oliveira, Yveline foi efetivada como diretora do departamento, em portaria assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). A mudança ocorreu durante as férias do presidente do INSS, Gilberto Waller, e foi tomada pela chefe substitura do órgão, Lea Bressy, que tem sido empoderada dentro do instituto pelo ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT).

Como mostrou a coluna de Tácio Lorran, do Metrópoles, a aposentadoria de Oliveira levantou suspeitas, pois o ex-ministro da Previdência e ex-presidente do INSS no governo de Jair Bolsonaro (PL) respondia em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na Controladoria-Geral da União (CGU). Em nota, o INSS afirmou, 20 dias após a aposentadoria de Oliveira, que não havia “nenhuma informação de que José Carlos Oliveira responda a processo administrativo disciplinar em qualquer órgão, inclusive na CGU”.

O Metrópoles apurou que a investigação interna foi instaurada na CGU, e não no INSS, justamente por desconfianças sobre a influência que o agora ex-ministro aposentado poderia exercer no instituto. A aposentadoria foi concedida no último dia 6 de outubro, mas passou a valer no dia 28/10. Oliveira era servidor de carreira e ocupava o cargo de técnico do Seguro Social do quadro do INSS, com salário de R$ 11.705,84. Ele vai manter 100% da remuneração com a aposentadoria.

Repercussão na CPMI

A aposentadoria de Oliveira em meio as investigações sobre o esquema bilionário de descontos indevidos revelado pelo Metrópoles foi questionada dentro da CPMI do INSS. Ele não foi alvo da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal em abril deste ano, mas foi durante a gestão dele que várias entidades da Farra do INSS foram autorizadas a praticar os descontos associativos direto no contra-cheque dos aposentados. Leia a matéria completa no Metrópoles.

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