DA REDAÇÃO
"Nem que custe minha vida vou deixar que joguem a honra do MPE na lama".
Com cara de poucos amigos e muito irritado, o procurador geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, reagiu de forma dura o fato do nome de vários membros do Ministério Público do Estado (MPE) estarem em uma planilha apreendida durante a quinta fase da operação Ararath na cada do operador do Esquema, Eder Moraes.
“Querem calar o Ministério Público, bateu na mesa”.
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"Querem calar o MPE", acusa Paulo Prado
Prado disse que o MPE vem realizando uma investigação, pela promotoria do Patrimônio Público, de forma sigilosa e que após o início dessa investigação, curiosamente, segundo ele, aparece a planilha envolvendo o nome de vários promotores que, segundo a investigação, receberam diversos tipos de valores.
"Eu criei uma tropa de choque para investigar Eder Moraes. A palavra dele agora vale mais do que esse instituto todo?", ressaltou.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, não é possível afirmar se ocorreu o pagamento, do que se trata, sua origem e licitude. Segundo o MPF, apenas que ao Procurador de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado é apontada a quantia de R$ 516.778,92, ao 'Promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes a quantia de R$ 59.700,54.
Em relação aos Promotores de Justiça designados para atuarem de acordo com a Portaria nº 082/2014-PGJ, de 26/02/2014, dos 09 membros, 03 membros aparecem na referida planilha.
Segundo Prado, há uma explicação para essa situação. De acordo com ele, à época que isso aconteceu, os promotores receberam cartas precatórias, onde muitos trocaram essas cartas no comércio.
Abaixo, ouça a coletiva dada por Prado Prado:
A planilha encontrada, na casa de Eder Moraes, com o nome dos promotores, segundo Paulo Prado, é porque à época Moraes era o secretário de Fazenda, e por isso, teria essa planilha. Com isso, Prado observa que não houve, em momento algum dinheiro recebido por meio das factorings de Júnior Mendonça, o delator do esquema.
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Prado se revolta com lista de pagamentos de Eder Moraes
Desconcertado com a repercursão que a citação dos nomes de dezenas de promotores que estariam relacionados na lista encontrada pela Polícia Federal na casa de Eder Moraes, o chefe do Ministério Público Estadual clamou pela avaliação da sociedade.
"São homens que trabalham de manhã de tarde e de noite por Mato Grosso. São pessoas que enfrentam senhoras e senhores do poder, para depois terem seu nome, de forma irresponsável jogado na lama", declarou.
Ainda de acordo com Prado, sua única ligação em todo o processo que desencadeou a quinta fase da Operação Ararath foi ter procurado o superintendente da Polícia Federal, para dizer que Eder estava disposto a colaborar com as investigações entregamdo documentos.
Quanto às suposições de que Eder estaria sendo protegido pelo MPE, Prado indagou como poderia defendê-lo se ao menos podia processá-lo.
As declarações do procurador foram feitas em duas partes. Na primeira, extremamente irritado, Prado falou aos jornalistas e saiu do auditório sem permitir que qualquer pergunta fosse feita. Em seguida, ele voltou e pediu desculpas por sua irritação explicando que havia acabado de chegar de Brasília e se deparado com a situação que em suas palavras seria uma tentativa de enxovalhar a instituição.
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Promotor teria recebido mais de R$ 500 mil em suposto esquema de Eder
ANANIAS LIMA 28/05/2014
Vixi, deixa a chapa esquentar quero ver em qual lado a corda irá arrebentar primeiro.. eder ja caiu.. A sociedade precisa de uma resposta
paulo henrique 28/05/2014
Pessoal é o seguinte, faço votos que o Paulo Prado não fique bravo de novo (mesmo porque imagino que ninguém se preocupe com isso), MAS ele não está acima das coisas não. Quem não se lembra daquele episódio alardeado na imprensa local, quando o GAECO no tempo de Mauro Zaque, denunciou publicamente que Paulo Prado tinha recebido benesses indevidas? (mais detalhes no link do TCE/MT http://www.tce.mt.gov.br/conteudo/show/sid/256/cid/8892/t/Promotor+denuncia+Paulo+Prado+). O caso, aliás como geralmente ocorre no Brasil, foi abafado e contornado olimpicamente e todos os implicados, principalmente Paulo Prado, sairam ilesos. Resultado: Na primeira oportunidade Mauro Zaque foi retirado do GAECO e substituído sabem por quem? Paulo Prado! Bem conveniente e oportuno não é mesmo? É assim que funciona, começou a incomodar é logo obstruído, e ironicamente quem você denunciou é que ocupa seu lugar, este tipo de coisa é típica da cultura pública brasileira. Mas Paulo, na verdade, depois daquele episódio insólito daquela criança que foi assassinada pelos pais após você ter se manifestado no processo que não tinha problema a mesma voltar a viver com os pais, mesmo após ter sido vítima de sérias sucessivas agressões, depois dessa lhe digo que você perdeu a graça brother, ninguém pode praticamente empurrar uma criança para a morte desse jeito, você já deu o que tinha que dar e ultimamente suas aparições públicas não têm sido nada meritórias, convenhamos. Para concluir, de onde surgiram EXATAMENTE os valores vultosos mostrados pela imprensa? Puxa vida, é muito dinheiro! Olha, somente para argumentar, será que a calculadora \"não estava com defeito\" na hora de fazer as contas? Não seria adequado, em nome da transparência constitucional, explicar detalhadamente a origem e os cálculos exatos dessas quantias milionárias? Estranhei mesmo e é um direito que me assiste. Vamos ver o que vai dar, agora tem uma coisa, não brinquem com a Justiça Federal (e muito menos com a PF), ali ninguém se esquiva \"olimpicamente\" como vimos no exemplo acima. E antes que lhe aconteça um novo ataque de nervos o povo lhe diz:\"toma tento xomano!\"
marcos dial 28/05/2014
Sr. Procurador/Promotor! Tenha dó, é sabido que férias prescrevem e que quem deve pagar o salário dos agentes e funcionários públicos é o Estado por intermédio de um órgão e NÃO UM AGIOTA. A impunidade é tamanha que os criminosos nem pensa mais quando vai mentir.
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