Emanuel Pinheiro teve o mandato "tomado" ontem (23) pela Justiça, que entendeu que a vaga deveria ser de Daltinho, do PMDB, suplente de Teté, licenciada para assumir vaga no Staff do governador Silval Barbosa como secretária de Turismo.
ROBERTA DE CÁSSIA 12h37
DA REDAÇÃO
O deputado estadual Mauro Savi (PR) decidiu tirar licença de 121 dias da Assembleia Legislativa para acomodar o suplente republicano Emanuel Pinheiro depois que a Justiça entendeu que o direito da suplência é do partido e não da coligação e concedeu a Adalto de Freitas (PMDB) o direito à vaga. O RerporterMT adiantou na última segunda-feira (21) que Pinheiro poderia perder a vaga com o fim das coligações e de novos entendimentos sobre a quem pertencem as vagas (partidos ou coligações). Como Pinheiro, o deputado Nininho também corre o mesmo risco.
Daltinho deve assumir a vaga, provavelmente na sessão da próxima terça-feira, por força de uma liminar concedida ontem (23) pelo juiz Gilberto Giraldellio que seguiu a decisão do Supremo Tribunal Federal.
"É um direito do Daltinho e temos que respeitar e acatar a decisão do STF, mas confesso que fui lesado duas vezes nessa eleição.Tive mais de 20.500 votos e por causa do coeficiente eleitoral fiquei na segunda suplência e não pude assumir, agora o 4º suplente (da coligação) terá o direito de assumir a vaga que estou ocupando", lamenta Emanuel. Emanuel teve mais votos que Walter Rabello, do PP (18 mil) por exemplo. WR entrou empurrado pelos votos de Riva (PP), que teve mais de 93 mil. Com o fim das coligações e do voto de legenda, WR ficaria de fora.
Velozes e duvidosos: A licença de Savi foi aprovada de forma veloz na sessão desta quinta-feira e começou a valer hoje mesmo, assim Emanuel permanece na AL, mas na vaga de Mauro Savi que alega problemas de saúde. Desde que assumiu o primeiro mandato de deputado estadual, em fevereiro de 2003, este é o terceiro pedido de licença de Savi, sendo que os dois primeiros foram no segundo mandato para cuidar de assuntos particulares.
O presidente da mesa diretora deputado José Riva(PP) disse que ainda não foi comunicado, mas que irá cumprir a decisão judicial. "Com certeza iremos cumprir o que a lei determinar, já que a decisão não é questionável.Mas esse tipo de situação poderia ter sido evitada se a Câmara Federal tivesse sido competente e feito a reforma política", critica Riva.
As mudanças não devem ficar por aí. Na Câmara de Cuiabá, o pesidente da casa,´vereador Júlio Pinheiro (PTB) também corre o risco de perder a vaga, assumida com a cassação de Ivan Evagelista, do PPS.
