JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O promotor de Justiça, Natanael Moltocaro, do Ministério Público Estadual (MPE), ao dar o parecer contrário ao pedido de revogação da prisão preventiva do caseiro, Anastácio Marafron, classificou como incompleta a investigação do assassinato do ex-secretário Vilceu Marchetti.
As diligências foram conduzidas pelo delegado da Polícia Civil, de Santo Antônio do Leverger (33 km de Cuiabá), Sidney Caetano.
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Em um trecho do documento, o promotor afirmou a necessidade de outras diligências para elucidar o crime. No dia 7 de julho Marchetti foi morto a tiros, após "ser flagrado" segundo a versão apresentada, apalpando as ‘nádegas’ da mulher do réu, durante um jantar na fazenda, em Barão de Melgaço (140 km da capital).
“Ademais, a despeito de que o inquérito policial tenha sido concluído pela Autoridade Policial, a investigação até agora levada a efeito mostrou-se singela e incompleta, havendo a necessidade de se baixar os autos para se providenciar várias diligências que se descortinam relevantes para a elucidação do crime, e das circunstâncias em que foi perpetrado”, explicou em um trecho.
Segundo o promotor, os laudos de necropsia e o exame pericial do local, feitos por agentes da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), sequer, foram anexados ao processo criminal. Sobre o laudo da necropsia, uma fonte do RepórterMT, informou que a Politec já terminou o exame, apontando que a vítima teria levado três tiros e não dois como foi divulgado.
LOCAL NÃO PRESERVADO
Anda conforme uma fonte do RepórterMT, o apartamento onde Marchetti foi assassinado não teria sido preservado pela Polícia Militar. Sendo que quando os delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá chegaram no local, encontraram duas armas, uma espingarda e um revólver, em cima da cama, ao lado do corpo do ex-secretário. A possível 'mudança na cena' pode ter prejudicado as investigações.
Além disso, o inquérito foi fechado mesmo sem os policiais encontrarem a arma, um revólver calibre 38, usado pelo autor do assassinato. No depoimento, Marafron explicou que após matar Marchetti, foi até a margem do rio, que corta a propriedade, e jogou a ‘prova do crime’ na água.
O CRIME
Os delegados da DHPP, Silas Tadeu, Anaíde Barros e Walfrido do Nascimento, que deram apoio nas investigações do delegado Sidney Caetano, de Santo Antônio do Leverger, explicaram que Marchetti teria assediado a mulher de Anastácio durante um jantar.
Ao flagrar o ex-secretário apalpando as nádegas da esposa, o homem tirou tudo a ‘limpo’ em um lugar da fazenda. Durante a discussão do casal, a mulher confessou os abusos. Com isso, o homem foi até o apartamento onde Marchetti dormia, sacou uma arma e atirou na vítima.
Após o assassinato, ele jogou a arma no rio que corta a fazenda e agiu normalmente durante o trabalho da Polícia Militar, que chegou primeiro no lugar.
Ao perceber o comportamento da mulher, os policiais a indagaram sobre o crime, quando ela confessou ter sido abusada pela vítima. Com isso, Anastácio confessou o assassinato e foi preso em flagrante.
claudio 26/07/2014
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