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Cuiabá, 21 de Agosto de 2025
21 de Agosto de 2025

21 de Agosto de 2025, 12h:34 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO LUDUS SORDIDUS

Presidente de time de futebol e influencer de "bets": veja nomes de alvos da GCCO

Operação foi deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (21)

THIAGO NOVAES
DO REPÓRTER MT



Os principais alvos da Operação Ludus Sordidus, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (21) foram identificados como Sebastião Lauze Queiroz de Amorim, João Bosco Queiroz de Amorim e Ozias Alves. Além do influencer Dainey Aparecido da Costa.

Conforme informações da Polícia Civil, Sebastião Luaze é um dos líderes de uma organização criminosa. Ele é proprietário de um time de futebol amador e utilizava ações sociais e sua atuação como presidente do time para monopolizar as práticas criminosas em alguns bairros (chamados de quebrada). O grupo atuava na região do bairro Osmar Cabral, Jardim Liberdade e arredores.

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Ele controlava e lucrava com as atividades criminosas de tráfico de drogas, estelionatos e jogos ilegais. As investigações apontam que ele recebia mensalmente 10% dos lucros da plataforma de apostas ilegais, além de valores oriundos do tráfico de drogas e de golpes aplicados em plataformas de compra e venda pela internet. 

João Bosco, que era irmão de Sebastião, participava dos esquemas por meio de uma casa de apostas e também recebia porcentagem dos lucros. Ele também era o responsável pela lavagem de dinheiro do grupo. Durante a operação, ele entrou em confronto com a Polícia Civil, foi baleado e morreu.

Leia mais - Alvo de operação enfrenta a GCCO, leva dois tiros no peito e morre em Cuiabá

O influencer Dainey é um velho conhecido da polícia e já estava preso. Ele é famoso por divulgar plataformas de apostas online e por ostentar viagens luxuosas e e grandes quantias em dinheiro nas redes sociais. Ele fazia parte do grupo que explorava "bets" financiando a facção e  foi preso recentemente por tráfico de drogas.

Ozias também éconhecido da polícia. Em 2023, ele teria interrompido uma reunião comunitária no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. Essa interrupção deu origem às investigações. Na ocasião, integrantes de uma facção encerraram o encontro por meio de ameaças, em uma clara tentativa de demonstração de poder do grupo criminoso.

A motivação dessa dissolução seria "política", pois a irmã de um dos investigados era pré-candidata a vereadora e a reunião teria sido interpretada como um evento político, devido à presença de um secretário de Estado. A partir da ocorrência, foi instaurado inquérito policial para apuração dos fatos e, com avanço dos trabalhos investigativos, foi possível identificar um grupo da facção estruturada para a prática de crimes na região do bairro Osmar Cabral, Jardim Liberdade e adjacentes.

Os integrantes da facção ostentavam veículos de luxo e imóveis incompatíveis com renda lícita, como casas, prédios comerciais e galerias de lojas, sendo estes alvos de sequestro na operação, visando a recuperação de ativos e desarticulação do grupo criminoso. O grupo também contavam com o uso de pessoas interpostas (laranjas) para aquisição de veículos, bem como recebimento de valores de origem ilícitas.

Ao todo, foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva, 8 sequestros de  imóveis, 12 sequestros e bloqueios de contas e valores no valor de mais de R$ 13,3 milhões. Os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande e na cidade de Nova Odessa (SP). O cumprimento das ordens judiciais conta com apoio das equipes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), Gerência Estadual de Polinter e Capturas (Gepol) e da Polícia Civil de São Paulo.

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