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Cuiabá, 06 de Outubro de 2024
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30 de Novembro de 2022, 10h:51 - A | A

POLÍCIA / BANDA PODRE

Policial militar que comandava "milícia privada" em Mato Grosso é indiciado por homicídio

Três pessoas foram mortas entre 2020 e 2022, segundo a Polícia Civil.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT



Um policial militar foi preso, após investigação da Polícia Civil apontá-lo como o mandante da morte de Diego Júnior da Silva Fernandes, executado com golpes de faca em fevereiro de 2021. Um dos autores do assassinato também foi preso e outro está foragido.

Segundo a Polícia Civil, Diego foi capturado no dia 23 de fevereiro de 2021 e levado para a rodovia estadual MT-170, próximo a um frigorífico em Brasnorte, onde foi esfaqueado e sofreu esgorjamento, que é uma lesão causada por objeto cortante e contundente na região da laringe.

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Apesar disso, ele sobreviveu e chegou a ser visto andando pela rodovia. Contudo, o grupo criminoso soube que ele ainda estava vivo e o capturou novamente, finalizando a execução e ocultando o cadáver em local desconhecido.

Segundo os investigadores da Polícia Civil, o crime foi cometido por motivo fútil. A vítima teria desligado o disjuntor de energia de um imóvel do mandante. Além disso, foi feita uma emboscada para a vítima.

Segundo uma testemunha, na noite em que a vítima foi capturada, um veículo preto parou ao lado de Diego. Três pessoas desceram do veículo e agarraram o rapaz. A vítima ainda teria gritado por ajuda: “Socorro, socorro, eles vão me jogar no Rio do Sangue”.

Uma outra testemunha afirmou que o policial militar e mandante do crime teria dito: “Furei aquele desgraçado tudinho de faca, pra ele aprender fazer esse tipo de coisa comigo”.

No decorrer do inquérito, foi apreendido um Vectra preto para realização de perícia, a fim de identificar a presença de sangue humano. O policial militar tentou impedir a realização da perícia na Justiça, mas não agiu em tempo hábil, já que o veículo foi analisado antes.

Segundo a Polícia Civil, o mesmo grupo criminoso é investigado por três homicídios realizados entre 2020 e 2022. O policial militar fazia questão de falar que "ninguém matou mais vagabundos do que ele". O inquérito apontou ainda que a motivação para as execuções seria, na verdade, o domínio territorial para o tráfico de drogas.

A prisão preventiva contra o militar foi expedida pela Justiça no dia 21 de julho e ele se apresentou em uma unidade de Tangará da Serra, onde teve a ordem judicial cumprida.

Eles foram indicados por homicídio triplamente qualificado e constituição de milícia privada e tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça.

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