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Cuiabá, 04 de Setembro de 2025
04 de Setembro de 2025

04 de Setembro de 2025, 20h:51 - A | A

POLÍCIA / EM ÔNIBUS DE PREFEITURA

Polícia: Droga apreendida com secretário de Saúde é avaliada em R$ 2 milhões

O veículo fazia o transporte de pacientes para tratamento de saúde quando foi abordado pelos policiais

GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTER



A droga apreendida com o secretário de Saúde e vereador licenciado de Curvelândia, Roberto Serenini (PL), está avaliada em mais de R$ 2 milhões. Ao todo, foram 52 quilos de cocaína pura encontrados em um micro-ônibus da Prefeitura, interceptado pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron) no último dia 18 de agosto, no Trevo do Lagarto, em Várzea Grande. O parlamentar foi preso nesta quinta-feira (4), em Cuiabá, durante a Operação Infirmus, da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc).

O veículo fazia o transporte de pacientes para tratamento de saúde quando foi abordado pelos policiais. No bagageiro, estavam três caixas de papelão com 50 invólucros de cocaína. Na ocasião, o motorista e os passageiros foram ouvidos, mas liberados.

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Segundo o delegado Wilson Cibulski, os indícios contra o secretário são consistentes.

Os indícios da participação do secretário são claros. Não há dúvidas em relação à participação dele. Até mesmo porque, se não, o Judiciário não daria a ordem judicial. Então, não há que se falar em perseguição política ou armação, porque ninguém faria armação com uma carga de droga desse valor. Há uma questão financeira por trás e o envolvimento de uma organização criminosa”, afirmou.

A investigação apontou que, um dia antes da apreensão, Serenini teria ligado para o motorista e ordenado a troca do veículo que faria o transporte dos pacientes. Testemunhas também disseram que ele esteve na Unidade Básica de Saúde horas antes do embarque.

Além disso, denúncias anônimas indicaram que o secretário teria apagado imagens do sistema de videomonitoramento do pátio da unidade, onde o micro-ônibus ficou estacionado. O equipamento foi apreendido e encaminhado para análise da Politec. Uma perícia preliminar constatou que parte das gravações foi, de fato, apagada.

Em conversa informal com policiais, Serenini negou envolvimento no transporte da droga e alegou desconhecimento do caso. Ele ainda não foi ouvido formalmente.

As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos no esquema de tráfico de drogas.

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