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Cuiabá, 04 de Setembro de 2025
04 de Setembro de 2025

04 de Setembro de 2025, 12h:29 - A | A

POLÍCIA / ALVO DE OPERAÇÃO

Juíza manda soltar biomédico acusado de falsificar exames de pacientes em Cuiabá

Segundo a Polícia Civil, Igor Phelipe Gardés Ferraz emitia laudos falsos e foi preso no dia 15 de agosto

VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT



A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Justiça 4.0, acolheu o pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) e mandou soltar o biomédico Igor Phelipe Gardés Ferraz, sócio e responsável técnico pelo laboratório BioSeg Saúde e Segurança do Trabalho, acusado de falsificar exames de pacientes.

Igor foi preso no dia 15 de agosto, durante a Operação Contraprova, deflagrada pela Polícia Civil, e estava no Centro de Ressocialização Industrial Ahamenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.

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Em decisão proferida nessa quarta-feira (03), a magistrada reconheceu que o acusado ainda representa risco para o processo, principalmente quanto à preservação de provas e pela possibilidade de cometer novos crimes, mas garantiu que medidas cautelares serão suficientes para mitigá-los.

“Muito embora permaneça o risco processual, notadamente quanto à preservação da prova e à prevenção de reiteração delitiva, é possível mitigá-lo por meio de imposição de outras medidas cautelares, que imponham controle próximo da rotina do indiciado e barreiras efetivas de contato com pessoas e ambientes sensíveis à investigação”, diz trecho da decisão.

Na terça-feira (02), o Ministério Público, em manifestação enviada à Justiça, pediu a liberdade do biomédico, alegando que novas investigações sobre o caso poderão atrasar a fase pré-processual, podendo causar constrangimento ilegal caso a prisão de Igor fosse mantida.

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Edna Coutinho aceitou a alegação e manteve o registro de biomédico do acusado suspenso para impedir a atividade profissional dele como instrumento para a prática de novos crimes.

Além disso, Igor Phelipe será submetido a uso de tornozeleira eletrônica e deverá comparecer mensalmente em juízo. Ele também está proibido de sair da cidade sem autorização e terá que entregar o passaporte à Polícia Federal.

Ainda de acordo com a decisão, o biomédico não poderá frequentar as sedes do laboratório BioSeg e nem manter contato com outros investigados no caso.

Operação Contraprova

Igor Phelipe foi preso durante a Operação Contraprova, delfagrada pela Polícia Civil no dia 15 de agosto, pois foi acusado de falsificar exames laboratoriais. Ele é biomédico e atuava como sócio e responsável técnico do laboratório BioSeg Saúde e Segurança do Trabalho, que tem sedes em Cuiabá, Sorriso e Sinop.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o laboratório coletava materiais biológicos de pacientes e os descartava, sem fazer qualquer análise.

Em seguida, Igor emitia e assinava laudos falsos.

A BioSeg oferecia serviços como exames de covid-19, toxicológicos e para detecção de doenças como sífilis, HIV e hepatites. Dentre os clientes atendidos pelo laboratório estão a Prefeitura de Cuiabá, clínicas particulares, um convênio médico e pacientes individuais.

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Outros dois sócios da BioSeg também foram alvos da Operação. São eles: Bruno Cordeiro Rabelo e William de Lima. No entanto, só Igor Phelipe foi preso. Os outros dois foram submetidos apenas a mandados de busca e apreensão.

Os três foram indiciados por pelos crimes de estelionato, falsificação de documento particular e associação criminosa.

As investigações seguem em andamento. 

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